Moradores ignoram perigos em loteamento que abrigou lixão

Um verdadeiro amontoado em meio aos alicerces (Fotos: Portal Infonet)
Uma montanha de lixo aterrada no povoado Piabeta há cinco anos começa a aparecer em meio a construções. O problema que deve atingir diretamente cerca de 10 casas é ignorado por alguns moradores que preferem não falar sobre o assunto. A equipe do Portal Infonet esteve no local e presenciou muitos deles apreensivos com a notícia de que o lixo pode ser prejudicial à saúde. As casas construídas possuem água encanada.

 

A dona de casa Gilmara dos Santos diz que mora na localidade há três anos e afirma que apesar de ter conhecimento da antiga lixeira, desconhece que cause qualquer problema a saúde. “Aqui foi meu marido que construiu. Nunca soube que tivesse problema de saúde, acho que está tudo aterrado”, declara.

Um pedreiro que trabalha na área e prefere não ser identificado, diz que fica muito preocupado com a quantidade de lixo. “Aqui ainda tem muito lixo, fico preocupado porque aqui a gente trabalha

Um estudo sobre o impacto ambiental está em análise pela prefeitura
sem nenhuma segurança e já encontrei até lixo hospitalar. Quando a gente coloca a pá dá para perceber que tem muito lixo”, diz.

 

Alguns moradores estavam preocupados com o fato de ter que sair do local. “Aqui tinha uma lixeira, mas já acabou, então não tem nenhum problema, o que não pode é querer tirar a gente daqui porque todo mundo comprou o terreno”, menciona um morador que prefere não ter seu nome divulgado.

 

O secretário de obras e planejamento do município de Nossa Senhora do Socorro, Eliel Felipe de Oliveira, salienta que o município está atento à questão, que já é alvo de uma Ação Civil Pública do Ministério Público estadual. O secretário destaca que está em fase de análise um estudo técnico que apontará os prejuízos causados pelo aterramento dos lotes.

 

As construções continuam em ritmo acelerado
Segundo Eliel Felipe de Oliveira é preciso lembrar que o terreno corresponde a uma área particular e que o problema não foi ocasionado na atual gestão. “Para a prefeitura é inviável desapropriar a área, porque é um custo elevado, mas após o estudo e se comprovado que o terreno é prejudicial a saúde, o município vai ter que isolar a área e indenizar os moradores”, informa.

 

Justiça

 

O Ministério Público do Estado de Sergipe (MP), através do Promotor de Justiça Sandro Luiz da Costa, ajuizou Ação Civil Pública Ambiental na Justiça Estadual contra o Município de Nossa Senhora do Socorro e a Jaluzi Construções e Empreendimentos LTDA. De acordo com a Promotoria, a Prefeitura e a Jaluzi são responsáveis pela implantação e comercialização de loteamento irregular em área de antigo lixão da Piabeta, sem licenciamento municipal e ambiental regular, causando poluição, devendo, de acordo com a lei, reparar o dano ambiental moral e material causado à coletividade.

 

Por Kátia Susanna

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