Moradores realizam manifestação no Inácio Barbosa

Moradores realizam manifestação
Moradores do Inácio Barbosa, realizaram mais uma  manifestação na manhã dessa quinta-feira, 7. O protesto ocorreu em frente as casas onde moram e que serão demolidas para a construção da ponte Procurador de Justiça Gilberto Vila-Nova de Carvalho.

Com a informação de que dentro de trinta dias terão que deixar o local, para que as casas sejam demolidas, eles clamam por ajuda. “Queremos chamar a atenção da população e pedir o apoio das autoridades. Nós moramos aqui há mais de 30 anos, e querem nos obrigar a sair dessa forma, isso não é justo e não vamos aceitar”, desabafou a moradora Irene dos Santos.

Irene questiona a qualidade de vida que a prefeitura oferece
Irene também questionou o posicionamento do prefeito Edvaldo Nogueira, que segundo ela, não está respeitando os moradores do local. “Essa é a prefeitura da qualidade de vida, esse é o prefeito da capital brasileira da qualidade de vida. Agora eu pergunto qual a qualidade de vida que ele está proporcionando aos moradores daqui, com esse valor de indenização? Ele vai construir a ponte e nos vamos morar embaixo dela? Isso é qualidade?”, questionou indignada a moradora.

A Indenização

Quem esteve presente, apoiando a manifestação, foi a Conselheira Habitacional da Prefeitura, Isabel Canjirana, que informou que a questão das

Conselheira habitacional apoia os moradores do local
indenizações não passou pelo conselho. “Teve audiência pública, mas não se falou como seria feito essa indenização”, informou Isabel.

A conselheira também alegou, que não só ela, mas como os moradores do local, têm o direito de cobrar uma atitude digna do prefeito Edvaldo Nogueira. “Eu fiz campanha para ele, nós votamos no prefeito porque acreditamos nele e agora ele quer desabrigar essas pessoas que seguraram a sua bandeira?”, questionou Isabel.

Ainda na manhã dessa quinta-feira, quatro moradores irão participar de uma reunião no Emurb para tentar chegar a um denominador comum. “Não vamos aceitar o valor que eles estão querendo pagar, pois não compraremos nem mesmo um terreno por R$ 16 mil. Com essa quantia nós só sairemos daqui mortos”, pontuou, indignada, a moradora Sara

Ponte se aproxima cada vez mais dos quintais das casas
Santos, que irá participar da reunião.

A Construção

O trabalho de construção da Ponte continua a todo vapor e  a cada dia se aproxima ainda mais dos quintais das casas. “Essa construção só poderia ter começado, depois que tudo isso já tivesse resolvido. Foram construindo sem pensar nas pessoas e agora querem que a gente saia nas pressas. Segundo eles, quando o dinheiro estiver nas nossas contas, teremos apenas 10 dias para desocupar o local, como se fosse simples achar um lugar para morar”, finalizou Irene.

De acordo com o assessor de comunicação da Emurb, Ademar Queiroz, as pessoas estão sendo chamadas aos poucos para negociar o valor das indenizações. Ademar disse ainda que a prefeitura irá apresentar o laudo de avaliação para que seja firmado o acordo de desapropriação e acrescentou que “a pessoa só desocupa o local quando recebe a indenização”.

Por Alcione Martins e Carla Sousa

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