Pastor Sérgio Sá terá parte do imóvel demolido (Fotos: Portal Infonet) |
Moradores do Loteamento Joel Nascimento no bairro Bugio protestaram na manhã desta quarta-feira, dia 1 de julho, contra a derrubada de casas. Segundo os moradores, a a Superintendência do Patrimônio da União (SPU) alega que o local é de Área de Proteção Permanente (APP) e que por este motivo não pode ser feita qualquer benfeitoria [reforma] nos imóveis.
Ao todo, oito casas serão demolidas incluindo a Associação de Moradores do Loteamento Joel Nascimento. A derrubada vai ocorrer até o dia 03 de julho. Como forma de protesto, os moradores atearam fogo em pneus para impedir o acesso das máquinas no local.
Segundo a presidente da Associação dos Moradores do Loteamento Joel Nascimento, Edineide Rodrigues diz que os moradores não tem para onde ir. “A União alega que as casas são de área de proteção e desde 2010 existe essa ação para derrubar casas vazias ou que tenham sido feita benfeitorias. Tem gente que fez reformas, mas vamos resistir porque nós compramos e temos o direito de moradia. Não temos para onde ir”, diz.
Moradores atearam fogo em pneus |
O pastor Sérgio Sá terá parte do seu imóvel derrubado já que na parte de cima da sua residência ele construiu uma igreja e cunho social para tirar os jovens do mundo das drogas. “Essa é uma obra social que querem derrubar de qualquer forma. A obra tem quase 200 membros e que vão para onde? Para a rua?. Quantos imóveis ilegais temos por aí. Nós compramos o terreno e construímos e querem agora que vamos para a rua”, afirma.
Auxílio
O defensor público Alfredo Nikolaus esteve no local conversando com as famílias que terão os imóveis derrubados. Segundo ele, a própria prefeitura do município assegurou que irá realizar o cadastramento as famílias para que seja concedido o auxílio moradia.
“O que mais se preocupa são situações como essa, mas a prefeitura nos assegurou de que vai concede o auxílio a essas famílias. Estamos vendo aqui a situação de cada um porque tem pessoas que vai ter a casa toda demolida, outros que estavam em barracos”, afirma.
Edineide Rodrigues com a notificação de desapropriação
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As 21 famílias que moram às margens do Riacho do Cabral também tiveram que deixar suas residências e barracos foram derrubados.
Por Aisla Vasconcelos
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