O balanço feito nesta segunda-feira, 26, pela Deso sobre o funcionamento do rodízio nos primeiros dias de racionamento de água constatou que é necessário que se continue com o sistema. A reunião tinha o objetivo de analisar o comportamento da adesão ao rodízio. Esta informação foi dada pelo assessor de comunicação da Deso Helber Andrade. Para estabelecimentos comerciais a situação é mais complicada. Vaneide Vieira, proprietária de um abatedouro no bairro América, conta que a situação tem requerido muito esforço. Seu estabelecimento está no ponto mais alto do bairro e mesmo em dias de água disponível não há água na torneira. “Ontem passou com água só meia hora. Não deu nem para encher a caixa d’ água”, conta.
O fornecimento restrito da água deverá permanecer então até que as águas do rio São Francisco melhorem na qualidade, o que não parece estar próximo, pois os moradores dos bairros escalados no rodízio estão reclamando da qualidade da água.
Água amarela, cheirando mal, com gosto de ferrugem e trazendo muita lama são as descrições dos moradores dos bairros América e Santos Dumont que estão incluídos no rodízio. A má qualidade da água das torneiras tem obrigado a população a utilizar a água fornecida pela Deso apenas para banho e serviços domiciliares. “A água não serve nem para cozinhar nem para beber. Só para tomar banho e lavar roupa”, reclama a moradora do bairro América, Eliene Pereira. Eliene Pereira – “a falta de água piora para quem tem criança” Ela precisa pegar água na casa de vizinhos na parte mais baixa da comunidade para manter a limpeza do abatedouro. “Para manter a limpeza preciso economizar água e ficar cuidando para que a fiscalização da vigilância sanitária não encontre sujeira”, explica.
Segundo Vaneide, várias reclamações foram feitas à Deso, que dá como explicação a falta de pressão para que a água suba. Na parte mais alta do bairro a falta de água já segue no oitavo dia consecutivo.
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