Moradores resistem em sair da Portelinha

Marcelo diz que permanecerá na Portelinha (Fotos: Portal Infonet)
Às vésperas da derrubada de cinco casas irregulares na Invasão da Portelinha, localizada no município da Barra dos Coqueiros, moradores resistem em continuar vivendo nas residências. A medida da derrubada foi determinada após ser constatado que as casas foram erguidas em um espaço de preservação ambiental. Ainda assim, os moradores afirmam que não sairão do local.

É o caso da família de Marcelo Vinícius Santos Pachecho, de 22 anos. Há seis meses, ele, sua esposa e seus dois filhos construíram uma das casas que serão destruídas nesta terça-feira, 30. “Ninguém tira a gente daqui. Construímos nossa casinha com a ajuda de meu sogro e com muito esforço para depois virem aqui para derrubar tudo. A gente não sai daqui de jeito nenhum”, afirma o morador.

Luiz Antônio apóia a decisão dos moradores
Com a casa de Marcelo são cincos residências que serão derrubadas pela prefeitura da cidade, na manhã de terça. O responsável pela comunidade da Portelinha, Luiz Antônio de Oliveira, o “Bombom”, apóia a decisão dos moradores.

“Não acho errado o que essas pessoas estão fazendo. A própria comunidade se sensibiliza e não deixa que as casas sejam derrubadas. Todos os moradores daqui são pessoas de bem e não merecem sofrer dessa maneira. Esse pessoal que está sendo despejado vai morar aonde?”, observa.

Prefeitura da Barra dos Coqueiros

Segundo o secretário de comunicação da Prefeitura da Barra dos Coqueiros, Diego Gonzaga, a

Diego Gonzaga diz que a operação de derrubada será efetuada
retirada das casas beneficiará os 70 moradores da Portelinha. “Nós estamos garantindo o direito da maioria das famílias permanecerem no local se não houver a invasão, como ficou acordado há algum tempo. Estamos retirando cinco casas para permitir que a maioria continue”, explica o secretário.

Segundo ele, a operação de derrubada acontecerá a partir das 9h, e será acompanhada pelo reforço policial do Batalhão de Choque. “Tentaremos disseminar qualquer resistência para que tudo ocorra na paz. Mas se não houver colaboração, teremos de usar os meios necessários para concluir a operação”, informa Diego Gonzaga.

Por Victor Hugo e Raquel Almeida

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