Moradores vivem em risco no Getimana

A casa de D. Joelma fica embaixo de uma encosta (Fotos: Portal Infonet)

Com o período de chuvas, aumenta a preocupação dos moradores que vivem em áreas de risco, a exemplo de encostas. Nesta época, os moradores do Conjunto Getimana, no bairro Cidade Nova, sabem bem o que é conviver com o perigo.

A moradora do bairro Joelma Santos Oliveira teve a casa quase destruída pela força da chuva. Ela conta que o banheiro e parte do quintal do imóvel já foram arrastados pelas águas. A residência de Joelma fica embaixo de uma encosta e de algumas outras casas que também já foram destruídas.

Joelma é desemprega e mora com o marido, que trabalha como carroceiro. Ela diz que ainda não saiu do imóvel por não tem condições de morar em outro lugar. “Aqui não existe segurança, eu não tenho mais sossego. Nem banheiro, eu tenho mais porque a chuva levou tudo”, relata.

D. Joelma: "moro aqui porque não tenho para onde ir"

Na mesma situação de risco, vivem os vizinhos. Jeane Maia Souza mora em casa com a mãe, uma irmã e um bebê. ela revela que, quando chove, a preocupação sempre aumenta. “A gente tem medo que a lama invada nossa casa. Quando chove, é tanta água que desce por essa encosta”, alerta a moradora.

O secretario executivo da Defesa Civil Estadual, Gilfran Mateus, informa que, nesta época de chuvas, torna-se um período que a Defesa Civil está sempre em estado de alerta. Ele afirma que, apesar das chuvas, o período está tranquilo, sem grandes ocorrências nas áreas de risco no Estado.

Sobre as casas ameaçadas no Conjunto Getimana, Gilfran afirmou que os moradores não eram nem para estar naqueles imóveis. "Aquela área é bastante perigosa, mas felizmente ainda não recebemos nenhuma chamada para atender aquela área. A priori a gente pede que estas pessoas se abriguem em casa de parentes ou familiares até que não haja mais perigo de desabamento", alertou.

Algumas casas já foram destruídas

Apesar de existir áreas de risco em várias partes de Aracaju, Gilfran observa que o perigo de desabamento das encostas ainda não é maior porque as chuvas não têm ocorrido com tanta intensidade e nem estão contínuas e que, por esta circunstância, o solo ainda continua estável.

"A equipe da Defesa Civil está de prontidão para atender qualquer ocorrência, o serviço funciona 14 horas e pode ser solicitado através do 190", frisou.

Por Grecy Andrade e Cássia Santana