Morre o jornalista Célio Nunes

Célio Nunes será sepultado na sexta-feira / Foto: Correio de Sergipe
Faleceu no final da manhã desta quinta, 13, o jornalista e escritor Célio Nunes, de 72 anos, vítima de infarto agudo. O corpo está sendo velado na OSAF da rua Itaporanga, centro de Aracaju, e o enterro será realizado na manhã de sexta, 14, no cemitério Santa Isabel.

Célio Nunes estudou dois anos no curso de Jornalismo da Universidade Federal da Bahia (UFBA), mas foi registrado como jornalista profissional conforme lei da regulamentação de 1971. Costumava dizer que era um autodidata, aprendeu tudo o que sabia na prática.

Foi militante estudantil, integrou a direção da primeira formação da União da Juventude Comunista em Aracaju. Ainda jovem, morou algum tempo em Salvador e no sul da Bahia, onde fundou a Sociedade Itabunense de Cultura (SIC), onde montou diversas peças teatrais.

Começou a carreira de jornalista na década de 50 como editor do jornal semanal Folha Popular, em Sergipe. Depois, na capital baiana, foi repórter, correspondente e redator dos veículos Jornal da Bahia e Tribuna da Bahia. Em Itabuna trabalhou no Jornal de Notícias, Diário de Itabuna e dos tablóides Desfile, Flâmula e SB-Informações&Negócios. Em Ilhéus, teve passagem pelo Diário da Tarde e Correio de Ihéus.

Prisão e volta a Sergipe

Foi preso pelo regime ditatorial em 1964, em Itabuna, por participar de um grupo de apoio á invasão de Belmonte, em invasão com Ligas Camponesas. No início da década de 70, já de volta a Aracaju, foi assessor de imprensa do antigo Condese e depois da Secretaria de Planejamento onde se aposentou.

Trabalhou na Gazeta de Sergipe (redator), Jornal da Cidade (redator e editor), Jornal da Manhã (redator, editor e diretor geral) e por alguns meses foi colunista do Portal Infonet, onde publicava contos. Ainda foi membro do Conselho Estadual de Cultura, diretor administrativo e Financeiro da SEGRASE, onde, eventualmente, exerceu a presidência.

Ele fundou o Sindijor/SE

O jornalista fundou o Sindicato dos Jornalistas de Sergipe (Sindijor/SE) e por duas vezes foi o presidente. Dirigiu a Federação Nacional dos Jornalistas, foi presidente da Associação Sergipana de Imprensa e chefe da Assessoria de Comunicação da UFS.

Também teve vários livros publicados, entre eles Contos, Trajetória para a Ilha dos Encantados, Réquiem para José Eleutério, O diário de W.J. e outras histórias, Contos e Contistas Sergipanos e o Moderno Conto da Região do Cacau.

Célio deixa três filhos, um deles o jornalista Cláudio Nunes. A equipe do Portal Infonet presta condolências ao colega e toda a família.  

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