Antônio de melo Araújo morreu atropelado em abril de 2014 (Foto: Reprodução Portal Infonet) |
Foi realizada nesta segunda-feira, 27, a audiência de instrução e julgamento que trata da morte do ex-procurador do Estado Antônio de Melo Araújo atropelado em abril de 2014 na avenida Melício Machado. A audiência foi presidida pela juíza Olga Barreto da 5ª Vara Criminal no Fórum Gumersindo Bessa.
Nesse processo estão sendo julgados Anoilza Santos Gama Melo de Araújo [viúva de Antônio], Gabriel Ernesto Nogueira de Oliveira [namorado de uma das filhas de Anoilza], Manoel Nogueira Neto [pai de Gabriel Ernesto] e Felipe Dias Gomes [genro de Anoilza].
Uma das primeiras testemunhas ouvidas pela justiça foi Gisélia Carlos Almeida de Araújo que foi a primeira esposa do procurador. Gisélia Conversou com a reportagem do Portal Infonet e garantiu que o procurador não tinha interesse em tirar a própria vida [referindo-se a uma carta supostamente deixada pela vítima].
Gisélia Carlos Almeida de Araújo diz que o procurador amava a vida |
“A carta foi totalmente forjada. Ele tinha amor à vida, amava a vida. Quando os meninos iam para lá, ele sempre dizia meus filhos lutem pelos seus direitos e os meninos sem saber o motivo dele dizer isso. Depois do ocorrido, a gente sabe o porquê ele dizia isso. Veja bem a ironia do destino, uma pessoa que venceu um câncer e morreu estupidamente como ele morreu. Então essa pessoa não pode ficar impune, ela tem que ser julgada”, garante.
Inocência
Do lado de fora da sala, familiares dos réus aguardavam o desmembramento da audiência. Uma delas foi Monica Dias [mãe de Felipe Dias Gomes] que alegou total inocência do filho, ao conversar com a equipe da Infonet. “A única coisa que eu quero é justiça da mesma forma que a família dele quer. Eu quero que seja apurado todos os fatos porque os meliantes que fizeram o atropelamento até hoje estão soltos e quero que eles peguem quem atropelou Antônio Melo. Acredito que ele tenha sido atropelado e que seja tudo apurado para meu filho sair de cabeça erguida porque eu tenho certeza da inocência dele e sabemos que nunca ele faria isso. Estou falando em nome de Felipe Dias Gomes, mãe dele”.
Indignada, Fernanda Sabrina Moura, filha de Anoilza, disse que as acusações que recaem sobre a sua mãe são falsas.
“Acredito na inocência dela. Esse motivo que estão tentando criar é mentira. Se fosse por pensão, se ela separasse dele, ela também estaria pensionada porque ela era casada com ele. Quando minha mãe começou o relacionamento com o Tonho que é o falecido, ele passou por uma série de fases de transições onde ele teve câncer e estava quebrado. Para um procurador, ele andava com um Monza, a gente ia tomar café no supermercado da Francisco Porto. Então eu acho que ela já passou por problemas piores e não teria motivo. Não tem nenhuma prova contra ninguém e a pessoa esta presa há um ano”, lamenta.
Relembre
O aposentado fazia Cooper pela avenida Melício Machado no dia 06 de abril de 2014, quando foi abordado por dois veículos que estariam fazendo pega. No choque, ele teve a perna decepada e morreu no local.
Anoilza Araújo foi indiciada como mandante do crime que teria sido motivado por um caso extraconjugal. Ela e um dos envolvidos no crime vão responder por homicídio qualificado. Já o genro Felipe Dias Gomes, foi indiciado por falsificar uma carta da vítima. Além deles, foram indiciados Gabriel Ernesto Nogueira de Oliveira [namorado de uma das filhas de Anoilza], Manoel Nogueira Neto [pai de Gabriel Ernesto], Gabriela Figueiredo Guedes [colega de trabalho de Anoilza]. Um deles, por receptação de veículo roubado, vai responder em liberdade.
Por Aisla Vasconcelos
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