Ainda não há um prazo para a conclusão do laudo sobre a morte dos três homens que limpavam um tanque de óleo diesel no povoado Cruz das Donzelas, no Baixo São Francisco, no dia 2 de janeiro. Os três eram funcionários de uma empresa e foram contratados por um posto de combustível para realizar a limpeza do tanque. Durante o serviço, passaram mal e vieram a óbito. A delegada Maria Zulnária, da cidade de Malhada dos Bois e responsável pela investigação, já afirmou que os três não utilizavam Equipamentos de Proteção Individual (EPI), mas aguarda o laudo médico para concluir o inquérito.

De acordo com o diretor do Instituto Médico Legal (IML), José Aparecido Cardoso, dois exames específicos, que não são realizados no próprio IML, foram solicitados ao Instituto de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF), setor subordinado a Secretaria de Estado da Segurança Pública. “São exames complementares. Um chamado anatomopatológico, que faz o estudo das vísceras de diversos órgãos. Esse estudo ajuda muito para que perito possa dar uma conclusão ao laudo. E além desse, o exame toxicológico. Esse já é feito com o vítreo (líquido presente nos olhos), além de analisar a urina e o sangue. São todos exames para complementar o laudo”, explicou.

Quando não há exames específicos, segundo o diretor do IML, o prazo médio para conclusão de laudos é de 10 dias. No caso em questão, no entanto, o IML segue aguardando uma posição do IAPF. “A gente sempre trabalha para concluir o mais rápido possível, mas sabemos a importância desse laudo e como são exames não realizados aqui, temos que aguardar”, completou.

Em conversa com nossa reportagem no início da semana, a delegada Maria Zulnária informou que segue realizando oitivas do caso. Os três homens que morreram foram identificados como José Márcio Vieira dos Santos, 34, Douglas dos Santos, 26, e Leonardo Cerqueira Santos, 38.

Por Ícaro Novaes