Mototaxistas continuam trabalhando em prol de licença

Última quarta-feira foi de tensão para os mototaxistas da capital
Os mototaxistas aguardam nova decisão judicial e preparam documentação para levar ao Ministério Público do Estado (MP). Eles pretendem discutir com os promotores de justiça a liminar que proíbe a atuação da categoria em Aracaju.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores com Moto do Estado de Sergipe (Sindimotoboy), Guimarães Monteiro Neto, caso a SMTT faça novas apreensões dos trabalhadores eles farão novas manifestações.

Atualmente, 750 mototaxistas exercem a profissão em Aracaju e 8,5 mil em todo o Estado. “Deste total, 30% dos mototaxistas são legalizados, pois trabalham nos nove municípios que possuem autorização para exercer o serviço. As cidades em Sergipe que liberaram este serviço foram Barra dos Coqueiros, Laranjeiras, Aquidabã, Itabaiana, Nossa Senhora da Glória, Estância, Lagarto, Nossa Senhora do Socorro e Própria”, diz.

Apesar de terem marcado uma manifestação para esta manhã, 22, Guimarães explica que suspenderam esta idéia na última sexta-feira, 19, quando tiveram uma reunião entre os nove donos de empresas de mototaxistas e o advogado que está defendendo a causa.

“Hoje à noite teremos nova reunião da categoria e amanhã cedo teremos em mãos nossa defesa. Esperamos contar com o apoio do MP e da sociedade em geral”, alega.

Lei

Em Aracaju, no ano de 2001 o vereador Gilson Vasconcelos apresentou um projeto autorizando o trabalho de mototaxista na capital, mas apenas quatro vereadores foram favoráveis.

De acordo com o sindicalista, o art. 135 do Código de Trânsito Brasileiro cada município pode legislar sobre a atuação destes profissionais na cidade. Três capitais no país também já liberaram o trabalho de mototaxistas: Fortaleza (CE), Goiânia (GO) e Campo Grande (MS). “Estamos aguardando o retorno dos trabalhos na Câmara para conversar com o presidente Sérgio Góes e ver a possibilidade de uma nova votação”, diz.

Segurança

Ao ser questionado sobre o principal motivo da não liberação do projeto que é a segurança do ‘carona’, no caso o cliente, Gimarães Neto lembra que todos os meios de transportes possuem seu risco e que, sendo autorizado o projeto, eles irão se adequar às regras impostas pela Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT).

“Se for aprovado, iremos atender a todas as disposições da SMTT, que são a mudança de moto de quatro em quatro anos, curso de direção defensiva e higiene”, comenta.

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