Segundo o coordenador do Movimento Organizado dos Trabalhadores Urbanos (Motu) Silvanei de Jesus, as famílias não foram comunicadas sobre o cadastramento marcado para esta segunda. “Isso que a Prefeitura divulgou não é verdade. Na última segunda-feira [26], estava marcada uma reunião para decidir como seria o cadastro, mas foi adiado por conta da entrega das casas para as famílias que estavam no Morro do Avião. Portanto, ficou decidido por ambas as partes que a reunião deveria acontecer hoje”, diz. Silvanei informou ainda que após o contato da Prefeitura informando do cadastro nesta segunda-feira, uma nova data foi agendada para a próxima quarta-feira, 4. “A gente entende que não é viável deslocar todo mundo para fazer o cadastro de uma vez, então ficou acordado que a partir de quarta, 30 famílias por dia irão até a Secretaria de Assistência Social (Semasc) para se cadastrar”, lembra. Esta mesma informação foi confirmada pela assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc).
A Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) divulgou nesta segunda-feira, 2, uma nota informando que as 165 famílias que estão abrigadas no hotel abandonado Brisa Mar não compareceram ao cadastramento agendado para esta segunda, 2. As famílias que estão abrigadas no hotel, por outro lado, alegam que não foram informadas sobre o processo. Famílias ainda estão ocupando Hotel Brisa Mar, na Orla de Atalaia (Foto: Arquivo Infonet)
Famílias do Motu não comparecem ao cadastramento
Com o objetivo de garantir moradia digna aos integrantes do Movimento Organizado dos Trabalhadores Urbanos (MOTU), a Prefeitura de Aracaju resolveu cadastrar as 165 famílias que ocuparam o Flat Atalaia para inclui-las no Cadastro Único (CadÚnico) e encaminha-las a programas sociais. O cadastramento foi agendado para a manhã desta segunda-feira, dia 2 de agosto, em comum acordo com os lideres do grupo, mas as famílias não compareceram ao local combinado.
Para realizar o trabalho de coleta de dados, a Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc) mobilizou 15 profissionais e preparou uma estrutura especial para receber as famílias. O cadastramento deveria acontecer das 7 horas ao meio-dia no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Gonçalo Rollemberg Leite, antigo Centro Social Urbano (CSU), localizado na rua Alagoas, 2051, bairro José Conrado de Araújo.
A equipe responsável pelo cadastro aguardou a chegada do grupo durante toda a manhã, conforme havia sido acordado. “Nós estamos aqui desde as 7 horas e não veio ninguém. Das 147 famílias que esperávamos cadastrar, não cadastramos nenhuma. É uma pena!”, lamentou uma das cadastradoras da Semasc, Adriana Santos.
De acordo com Maria Eugênia Santos, também cadastradora da Semasc, essa primeira etapa é fundamental para que as famílias possam receber futuramente uma casa própria ou mesmo o benefício do auxílio moradia. “Nosso papel é fazer a coleta de informações e documentos, inserindo cada família no nosso cadastro. Assim, elas terão prioridade nos programas habitacionais da PMA”, explicou Maria Eugênia.
Benefícios
As 147 famílias esperadas para a realização do cadastramento reivindicam moradia. A PMA ofereceu aos manifestantes o cadastramento das famílias e o auxílio-habitação. O benefício seria concedido para aqueles que não possuem outro imóvel e têm em sua companhia filhos na condição de crianças ou adolescentes. Mas os manifestantes afirmaram que só aceitariam o auxílio se todos fossem beneficiados, apesar de haver, entre eles, 79 famílias com residência própria.
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