Movimentos Negros pedem aprovação de projetos

Com o intuito de aprovar o estatuto da igualdade racial e implementar a política de cotas para negros do Brasil, os movimentos negros realizaram uma passeata pelo centro da cidade no início da tarde. A caminhada iniciou na praça General Valadão e terminou na sede da Assembléia Legislativa. A manifestação acontece em todo o país, sendo que alguns estados a realizarão amanhã, 13 de maio, dia em que a Lei Áurea foi assinada pela princesa Isabel.

 

O evento em Sergipe tem a frente a parceria dos Movimentos Estadual e Nacional do Combate ao Racismo do PT, a Associação de Promoção da Igualdade Racial e Movimentos Sociais Negros. Para prestigiar o ato,  algumas escolas da rede estadual e municipal, universidades, como outros movimentos sociais foram convidados para a caminhada.

 

De acordo com o secretário estadual do Combate ao racismo do PT, Ronaldo Cruz, embora visto como data comemorativa, o Dia da Abolição é reverenciado com conquistas da sociedade negra por direitos que são cabíveis a qualquer ser humano independente de sua cor. “Não há o que se comemorar neste dia. Estamos fazendo nossa reivindicação e colocando o dia 13 como uma data marcada pela luta em favor das cotas universitárias”, alega.

 

A ida a Assembléia Legislativa teve o objetivo de solicitar aos parlamentares um dia especial para debaterem durante a sessão a aprovação dos dois projetos: estatuto da igualdade racial e a implementação das cotas em universidades. “Vamos a Assembléia para registrar a luta dos movimentos negros”, comenta.

 

“Não temos o que comemorar no dia de hoje”, diz Ronaldo Cruz.
Os movimentos negros elaboraram o estatuto da Igualdade Racial que tramita no Congresso Nacional desde 2000, que tem como principal objetivo combater a discriminação racial e as desigualdades raciais que atinge os afro-brasileiros. Além do estatuto tramita também no Congresso o Projeto de Lei de regime de cotas que prevê a reserva de vagas de 50% para alunos oriundos das escolas públicas e reserva de vagas para negros e índios na proporção destas populações em cada estado.

 

Ao ser questionado se a mobilização anual que estes movimentos fazem as ruas durante o Dia da abolição, Ronaldo Cruz respondeu que por serem demandas históricas e grandiosas, não se percebe muito a mudança. “Mas conseguimos movimentar e de pouco em pouco conseguimos algumas mudanças significativas” alega.

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