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As famílias sem teto já arrumavam as malas para deixar a ocupação da Secretária de Estado da Inclusão, Assistência Social e Trabalho (Seit). Após reunião no início da tarde desta quarta-feira, 13, no Palácio dos Despachos, entre líderes do movimento e os secretários José Carlos Felizola, da Casa Civil, e Lêda Couto, da Seit, ficou acordado entre governo e manifestantes da desocupação imediata da sede da Seit e uma nova reunião está marcada para a próxima quinta-feira, 21, para tratar de uma plano habitacional de moradias para as famílias.
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Segundo um dos líderes do movimento das famílias sem teto, Maurício dos Santos, a reunião foi produtiva e muito promissora. Ele afirma que há dois problemas centrais: o valor do auxílio moradia e a demora em construir as casas populares. “O valor pago é de R$ 300 por família e com esse valor não se pode alugar uma boa casa. A melhor solução seria cada um ter a sua casa”, afirma.
Maurício argumenta também que muitas assistentes sociais que acompanham as famílias estão fazendo muitas exigências e isso tem aborrecido e preocupado muito eles. “O pessoal da assistência social está pegando bastante no pé das famílias, fazendo muitas vistorias. O pessoal ficou com medo de perder o auxílio moradia”, pontua.
Em nota, o Palácio dos Despachos afirmou que o governador Belivaldo Chagas está aberto ao diálogo e tem o compromisso de contribuir com a redução do déficit habitacional do Estado. “Ele [o governador] destacou que a próxima reunião será com a participação do secretário de Desenvolvimento Urbano (Sedurbs), Ubirajara Barreto, que explicará os encaminhamentos já realizados pelo governo para construção das moradias populares”, detalha.
Ainda de acordo com a nota, a secretária Lêda Couto, da Seit, recebeu os dirigentes das ocupações para ouvir e encaminhar as tratativas para resolução. “O grupo questionou as visitas de assistentes sociais da secretaria para elaboração de relatório social sobre o aluguel social”, diz. “Lêda Couto esclareceu que as visitas fazem parte da regularização legal dos ocupantes para continuarem a ter acesso ao aluguel, e afirmou que, nenhum integrante das ocupações será retirado do benefício até o relatório ser finalizado e discutido com as lideranças presentes na reunião”, explica.
por João paulo Schneider e Aisla Vasconcelos
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