Mesmo centenário, o Dia Internacional da Mulher ainda é uma data marcada por manifestações. Na tarde desta segunda-feira, 8, aproximadamente mil mulheres de 45 organizações e movimentos sociais saíram em cortejo pelas principais avenidas do centro da capital, na 10º Marcha das Mulheres. A ação marca o início do movimento homônimo, que passará a atuar no Estado unificando a luta de todos os segmentos envolvidos. Mulheres de diversos movimentos sociais estiveram presentes
Apesar de a caminhada ter como marco essa data comemorativa, as manifestações se estenderão por todo o ano. De acordo com a secretária da Mulher Trabalhadora da Central Única dos Trabalhadores (CUT-SE), Maria da Conceição, dessa forma os movimentos, ao unificar suas bandeiras, terão mais transparência e os avanços ganharão força.
“Nós já tivemos muitos progressos. Hoje a mulher é mais política, mas ainda nos resta lutar por um mundo melhor para nossa família e, claro, para nós, porque também devemos aproveitar”, afirma. Conceição revela que mulheres estão mais politizadas
Os eixos a serem seguidos pelas organizações tratam, ainda, de emprego, saúde e do fim de estigmas. “Hoje a mulher tem uma dupla jornada de trabalho, pois trabalha na rua e quando chega em casa tem os afazeres domésticos. Não há uma troca de funções com os homens tampouco os direitos são idênticos”, explana Conceição.
Violência
Já a presidente da Associação Sergipana de Prostitutas, Candelária, lembrou que o combate à violência tende a ganhar força com a unificação dos movimentos. “Só se muda a situação se cobrarmos e reivindicarmos a mudança dos homens. Acabado a violência dentro de casa, inclusive, estaremos acabando com a violência nas ruas”, diz. Candelária ressaltou a luta pelo fim da violência contra a mulher
Ainda de acordo com a militante, a união dessas iniciativas com o apoio dos governantes é de extrema importância para que haja uma transformação da sociedade. “Hoje nós estamos em todos os espaços, mas há muita coisa a desejar. A partir do momento que tivermos o respaldo que queremos, ganharemos mais respeito”, teoriza.
Por Diógenes de Souza e Carla SousaPortal Infonet no WhatsApp
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