MP lança campanha sobre uso de piercings

Uma das imagens da campanha
“O risco é maior que a extravagância”, esse é o mote da campanha de conscientização lançada hoje pelo Ministério Público Estadual em parceria com os Conselhos de Pediatria, Odontologia, Educação, Vigilância Sanitária entre outros órgãos. O objetivo é esclarecer aos pais e adolescentes os riscos envolvidos na colocação de piercings e tatuagens em ambientes insalubres.

 

De acordo com a promotora Maria Conceição de Figueiredo, a campanha visa “mudar a postura em relação ao público infanto-juvenil. Ela foi abordada como repressiva, mas tem como finalidade destacar os riscos”, explicou. O foco de toda a discussão são os adolescentes.

 

Conceição: O objetivo não é restringir o direitos dos pais
Durante a reunião, um ponto foi unânime entre os representantes dos órgãos: a pouca maturidade dos jovens que decidem por colocar adornos corporais sem o conhecimento e autorização dos responsáveis. O grande problema, segundo o Ministério, é que alguns ambientes não são qualificados para tanto e podem comprometer a saúde dos clientes.

 

É aí que entram as Vigilâncias Sanitárias do Município e do Estado, representadas, respectivamente, por Antônio Pádua e Tereza Cristina Maynard. De acordo com a segunda, a Vigilância do Estado se compromete a ajudar na divulgação da campanha através com a distribuição de material educativo. Além disso, será papel de ambas a fiscalização dos ambientes de colocação de piercings e tatuagens.

 

Ana Lúcia quer agilidade na votação do projeto
Através de um termo de ajustamento de Conduta, assinado hoje, no mesmo local, uma portaria está sendo elaborada para regulamentar a ação das Vigilâncias. Outro ponto sugerido por ambas foi a capacitação dos aplicadores dos objetos corporais. Integrando a rede de ação, estão o Sindicato das Escolas Particulares, que também está aprovando um cronograma de palestras; e as Secretarias de Educação e da Saúde estaduais e municipais.

 

O único que levantou alguns questionamentos quanto ao Termo foi Tadeu Santana, presidente do Conselho Regional de Odontologia de Sergipe. Segundo ele, a maior preocupação é quanto ao poder de intervenção dos pais e à formação de um cadastro de clientes nos estúdios de tatuagem. A promotora Conceição explicou que esse ponto será levado à discussão em plenário na Assembléia Legislativa para a criação de uma Lei Estadual que regulamente e respalde a discussão.

 

Sílvia alerta para a importância da vacinação
Para isso, esteve presente a deputada estadual Ana Lúcia, que destacou que estará levando a matéria a votação o mais rápido possível: “Devido à urgência do projeto, vou tentar fazer com que ele seja votado ainda agora em maio”, previu a deputada.

 

Segundo Conceição, uma sugestão do Ministério Público é a de que o jovem seja proibido de fazer piercings ou tatuagens até os 16 anos de idade. Daí em diante (até atingir a maioridade), a decisão pode ser tomada pelos pais. Para a promotora Miriam Cardoso, é importante lembrar que o ônus do tratamento médico de jovens que colocaram piercings e sofreram conseqüências ruins a partir do fato sobrecarrega o Sistema Único de Saúde.

 

“Não queremos tirar da família o poder de decisão, mas a segurança é responsabilidade das organizações públicas”, destacou Sílvia Palmeira, representante da Sociedade Sergipana de Pediatria. Para ela, é importante lembrar que duas das doenças que podem ser contraídas quando da colocação de brincos corporais e tatuagens são a hepatite B e o tétano, que podem ser evitadas com a vacinação gratuita (até os 19 anos) em postos de saúde.

 

Veja, abaixo, os riscos destacados pelos médicos:

 

 

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