O Ministério Público realiza logo mais, às 9h, uma reunião sobre o veneno “chumbinho”, coordenada pela promotora titular da Promotoria Especializada de Defesa do Consumidor, Euza Missano. A reunião contará com a presença de representante da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Grupo Bayer , Peter Rembischevski e da Coordenadora da Vigilância Sanitária Estadual, Tereza Cristina Moraes Maynard.

Embora esteja proibida a sua comercialização, o “chumbinho” (termo popular) ainda pode ser encontrado e comprado com facilidade em Aracaju pela população, representando um mal contra a saúde. O veneno é indicado pelos agrônomos para o combate de pragas em lavouras de café e batata, mas é vendido ilegalmente em diversas capitais do país e tem causado intoxicações em pessoas e animais domésticos.

Conseqüências

O chumbinho lesa o sistema nervoso central, causando transtorno neurológico, alteração cardíaca e paralisia dos pulmões e pode matar por asfixia. Atualmente é a maior causa de morte por intoxicação no Brasil. O veneno só pode ser vendido por casas credenciadas, com apresentação de receita assinada por um profissional registrado no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea).

Muitas vezes as determinações de comercialização do produto são ignoradas e o remédio é comercializado de forma clandestina, para ser usado de forma inadequada. O estabelecimento que for flagrado vendendo agrotóxicos proibidos pode ser interditado e multado.