MPE busca solução para coibir assaltos na Serra

Momento da audiência (Fotos: Portal Infonet)

Os constantes assaltos registrados no Parque Nacional Serra de Itabaiana, em área que abrange os municípios de Itabaiana, Areia Branca, Laranjeiras, Itaporanga D´Ajuda e Campo do Brito, foi alvo de audiência pública convocada pelo Ministério Público Estadual (MPE) com o objetivo de encontrar solução eficaz para coibir os crimes e punir os responsáveis. Entre o ano passado e o primeiro semestre deste ano, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) registrou 19 assaltados e todos eles foram investigados, segundo informações do delegado Jonatha Evangelista, coordenador de Polícia Civil do Interior.

Mas o delegado não soube precisar os resultados destas investigações e informou que a Polícia Civil identificou que os crimes são praticados por diferentes grupos que entram no Parque Nacional por acessos clandestinos, dificultando as ações preventivas de combate à criminalidade. Para o delegado, o diagnóstico não é preciso porque nem todas as vítimas se dispõem a registrar os crimes em boletim de ocorrência.

O promotor Sandro Costa representou um grupo que faz trilhas na Serra de Itabaiana e destacou os pontos onde os crimes ocorrem com mais frequência, especialmente nos fins de semana e feriados. O promotor informou que já foi encaminhado um abaixo assinado com 600 assinaturas e há um outro com cerca de 1 mil assinaturas de usuários do parque pedindo a interferência do MP para encontrar medidas que proporcionem segurança na região.

Sandro Costa: representando frequentadores que praticam esportes

João Rodrigues e Leydon Gadelha: solução para inibir a criminalidade 

O tenente-coronel Sidney Barbosa, comandante do 3º Batalhão da Polícia Militar, destacou a fragilidade na própria estrutura do Parque Nacional e defendeu a realização de um convênio com o Instituto Chico Mendes, que administra a área de preservação ambiental com vínculo direto com o Ministério do Meio Ambiente, para que haja pagamento de diárias a policiais militares com o objetivo de dinamizar o policiamento ostensivo.

O promotor João Rodrigues, de Controle Externo da Atividade Policial, entende que o Estado tem a competência de adotar medidas para inibir os crimes, realizar as investigações e punir os responsáveis, apesar de se tratar de área de domínio federal. “Não se justifica, você ter uma área de preservação ambiental federal bastante frequentada e a população ficar vulnerável, sem que se possa estabelecer um controle mais rigoroso”, ressaltou.

O promotor Leydson Gadelha, diretor do Centro de Apoio Operacional de Segurança do MPE, destacou a fragilidade da estrutura do parque quanto à segurança na área e ressaltou que o MPE enviará comunicado ao Ministério Público Federal para tentar estabelecer um plano mais amplo para melhorar a estrutura do Parque Nacional e garantir maior segurança aos frequentadores.

Por Cassia Santana

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