Representantes do Centro Integrado Raio de Sol (Ciras), localizado no bairro Santa Maria, reclamam da falta de ônibus nas proximidades da instituição. De acordo com eles, a assistência dada pelos coletivos não corresponde às necessidades dos jovens atendidos pela organização não-governamental. Este foi o principal tema discutido durante assembléia na manhã desta sexta-feira, 3, no Ministério Público Estadual (MPE), conduzida pela promotora Ana Galgane Paes, e que contou ainda com a presença da Polícia Militar (PM) e de membros da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT).
Segundo o Ciras, em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) elaborado há três anos constava que os ônibus deveriam chegar até o ponto mais próximo à instituição no período das 6h30 e às 17h, o que não vem sendo cumprido. Isso incluía as linhas Santa Maria/DIA, Santa Maria/Terminal Sul e Padre Pedro/DIA.
A SMTT admitiu que as empresas que efetuam o transporte coletivo têm se recusado a cumprir com o TAC celebrado anteriormente em virtude da falta de segurança na localidade. Já o Ciras afirma que nos últimos 10 anos foi registrado apenas um caso de assalto a ônibus em frente à entidade, o que não justificaria a evasão de ônibus.
A PM, por sua vez, defendeu o policiamento na região, informando que tem efetuado constantes prisões de criminosos que realizam assaltos na localidade. A companhia se responsabilizou a implantar no Santa Maria a 4ª Companhia do 1º Batalhão, em no máximo 30 dias, e que deve contar com duas viaturas e com um efetivo de 20 policiais. Por enquanto, a PM se comprometeu a intensificar as rondas no local até a implantação da companhia.
A audiência chegou ao final exigindo da SMTT o cumprimento das cláusulas do TAC anterior, para oferecer aos moradores do Santa Maria um transporte público e coletivo mais eficiente.