MPE solicita informações sobre empacotadores

Supermercados devem ter número suficiente de empacotadores para garantir qualidade do serviço
As redes de Supermercado de Aracaju devem entregar ao Ministério Público Estadual (MPE), num prazo de 10 dias, a lista de empacotadores que estão trabalhando nas empresas. A medida faz parte das negociações para firmar um Termo de Ajustamento de Conduta entre os supermercados e o MPE. O caso vem sendo discutido desde o ano passado, motivado pela Lei Municipal dos Empacotadores, dita inconstitucional pelas empresas.

“Nós não estamos discutindo a constitucionalidade da lei. Queremos que os supermercados ofereçam um serviço de qualidade para o consumidor”, diz a promotora Euza Missano, responsável pelo caso. De acordo com ela, após a apresentação das informações sobre o número de empacotadores poderá ser feita uma análise para avaliar se o serviço está sendo satisfatório ou não.

Durante a audiência que ocorreu nesta terça-feira, 25, as empresas informaram que já contrataram alguns empacotadores no período em que a questão vem sendo discutida. “Na verdade deve-se justificar a contratação com a melhoria na qualidade do atendimento”, ressaltou. A promotora também afirmou que entrará em contato com o Procon afim de firmar uma parceria para fiscalização das medidas que podem ser adotadas.

Promotora Euza Missano

Lei dos Empacotadores

A lei municipal n° 3298/2005 elaborada pelo vereador Vinícius Porto (DEM), estabelece que os supermercados devem manter um empacotador para cada caixa disponível. No entanto há a possibilidade de declaração de inconstitucionalidade da lei, pois o município não pode legislar sobre contratações de empresas privadas. O Supremo Tribunal Federal já julgou casos semelhantes de outras capitais como o Rio de Janeiro, deferindo a suspensão da aplicação da lei.

Descarte de produtos

Outro tema discutido durante a audiência dessa manhã foi o descarte de produtos fora da validade. O MPE recebeu denúncias de que atravessadores estariam pegando os alimentos descartados e revendendo em comunidades pobres de Aracaju. Afim de evitar essa prática, a promotora propôs que as empresas de supermercado se responsabilizem por inutilizar os produtos que são descartados.

No próximo dia 8 as empresas se reúnem na sede do MPE para firmar um termo de ajustamento de conduta determinando as medidas a serem adotadas. 

Por Ben-Hur Correia e Carla Sousa

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