Considerado o movimento camponês de maior resistência do país, o Movimento dos Sem Terra (MST) comemora 25 anos de existência em 2009. Para reunir os integrantes do movimento, festejar as conquistas de áreas de reforma agrária e mostrar à sociedade as experiências dos assentamentos por todo o país, será realizado de 20 a 24 de janeiro, na cidade de Sarandi, no Rio Grande do Sul, o Encontro Nacional do Movimento Sem Terra. Movimento comemora 25 anos em Encontro Nacional
Em Sergipe, uma delegação será enviada para o encontro nacional, a fim de definir a agenda de atividades do movimento, além de discutir a questão agrária no Brasil, as perspectivas do movimento e o ponto-de-vista dos Estados quanto ao tema.
No Estado, atualmente, existem mais de 12 mil famílias morando em assentamentos, o maior é o Jacaré-Curituba, que fica entre os municípios de Poço Redondo e Canindé do São Francisco, no alto-sertão sergipano e abriga cerca de 700 famílias. Com mais de 160 áreas de assentamento no Estado, seis mil famílias moram assentadas em fazendas abandonadas ou improdutivas esperando a ação incisiva do Governo Déda de desapropriação das terras.
Para Gislene Reis, da direção nacional do MST, o governo Lula, juntamente com o governo Marcelo Déda, trouxe alguns avanços para a causa agrária em Sergipe. “O governo abre espaço para diálogo com os movimentos sociais, mas o movimento ainda mantém sua autonomia e faz cobranças e manifestações pedindo maior agilidade nas ações de reforma agrária”, afirma. A militante Gislene Reis, da diretoria nacional do MST
Para conquistar um maior número de pessoas assentadas, políticas de mobilizações e cobranças são necessárias. “Maior agilidade do governo em áreas como a Fazenda Tinguí, no município de Malhador, se faz necessária. Existente há 12 anos, o acampamento ainda não se firmou como assentamento do MST por medidas burocráticas e questões latifundiárias”, declara Gislene.
Aniversário
As comemorações dos 25 anos devem ocorrer durante todo o ano. De acordo com Gislene Reis datas como 17 de abril e o 8 de março já estão confirmadas. “A morte dos 19 trabalhadores sem-terra em Eldorado dos Carajás, em 1996, barbárie ainda não punida pela Justiça brasileira, representa uma data emblemática para a realização de atividades que relembrem o acontecimento”, ressalta.
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