MST faz vigília na sede do Incra
Segundo Roberto Araújo, integrante do movimento, atualmente existem 152 acampamentos no Estado, a maioria ainda não teria sido vistoriada pelo Incra. Essa é uma das etapas necessárias para a desapropriação da terra e assentamento de novas famílias. “Nós queremos que eles entreguem um cronograma de vistorias, porque nós temos 13.500 famílias acampadas, algumas estão em terrenos há quatro, seis anos, e ainda não receberam a visita técnica do Incra”, afirma Araújo. Os manifestantes questionam também a greve dos servidores do Instituto. O MST aguarda que o Ministério Público Federal faça as devidas investigações sobre possíveis irregularidades apontadas por servidores do Incra. “Em 1992, nós fomos alvo de denúncias semelhantes, o MPF apurou e não encontrou sequer indícios de irregularidades”, diz Roberto Araújo. Paralisação “Nós voltamos para dentro da superintendência, estamos fazendo alguns trabalhos internos, mas não voltamos a fazer as viagens”, esclarece uma das funcionárias, que prefere não se identificar. Os servidores aguardam que as reivindicações sejam aceitas para que possam retomar os trabalhos externos. Por Gabriela Amorim
Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) fazem vigília nesta quinta-feira, 23, na sede do Incra em Aracaju. Eles pedem que haja uma maior agilidade nos processos de vistoria das áreas ocupadas em Sergipe. Uma comissão está reunida com o superintendente para apresentar as reivindicações. Caso não sejam atendidos, eles prometem ocupar a sede na próxima semana, por tempo indeterminado. MST faz vigília no Incra
Eles afirmam que, embora os trabalhadores tenham declarado o fim das paralisações, não voltaram a fazer as vistorias. Questionam ainda os motivos de alguns servidores terem feito denúncias contra o MST na imprensa sergipana. “Todo o processo de reforma agrária é feito em concordância com o Incra. Parte dos servidores, por não concordar com o movimento, quer cortar as famílias já assentadas, e pede que o governo não nos mande mais comida e lonas”, rebate. Eles pedem agilidade nas vistorias
Os servidores do Instituto suspenderam a greve em Sergipe, porque o Governo Federal teria acenado com a possibilidade de negociação. No próximo dia 30 de agosto, o comando nacional tem uma reunião marcada com representantes do Governo. Roberto Araújo
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