Mulher de 64 anos morre durante julgamento do filho

Júri estava ocorrendo neste fórum (Foto: Arquivo Portal Infonet)

Uma mulher morreu nas dependências do Fórum Gumersindo Bessa em Aracaju, nesta terça-feira, 28, durante o julgamento do filho. O rapaz é acusado de tramar a morte e assassinar um cidadão, com golpes de facão. O crime teria sido praticado na companhia de um outro rapaz, no dia 14 de dezembro de 2013, no conjunto Bugio, em Aracaju.

Nesta terça-feira, 28, a senhora Maria José Martins Fontes, 64, que acreditava na inocência do acusado, estava acompanhando a sessão do júri no Fórum e se retirou da ala para ir ao banheiro, mas não retornou. Percebendo a demora, conforme relatos de um servidor do Fórum, as pessoas da família e servidores do tribunal foram ao banheiro procurá-la e a encontraram passando mal.

A mulher recebeu assistência do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que começou os procedimentos às 14h14 e às 14h50 constatou o óbito. De acordo com a assessoria de imprensa do Samu, foi registrada parada cardiorrespiratória como causa da morte. O júri foi cancelado e ainda não há definição de nova data.

O crime

Lenadro Fontes de Jesus, conhecido como Léo, é o filho de d. Maria José. Ele estava preso acusado pela morte de Anselmo dos Santos. O crime teria sido articulado pelo próprio Léo e pelo amigo dele, identificado nos autos como Leandro Cunha Trindade, conhecido como Galego, que também teria ‘uma rixa’ com a vítima.

Conforme os autos, no dia 14 de dezembro de 2013, Galego e Léo teriam colocado em prática o plano e aplicaram vários golpes de arma banca na cabeça da vítima, cortando o pescoço e a boca, o que causou a morte. Léo e Galego negam a autoria do crime.

Galego passou um tempo foragido, mas estava preso em São Paulo e foi recambiado para Sergipe para participar da sessão de julgamento, ficando custodiado no Departamento de Homicídio e de Proteção à Pessoa (DHPP). Léo foi preso no dia 6 de abril de 2015 por determinação judicial e está custodiado no Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto (Copemcan).

Por Cássia Santana