Mulher é acusada de furto e denuncia supermercado por injúria racial

(Foto: reprodução/rede social)

A entregadora de aplicativo Ana Clécia Guaraná, de 37 anos, denunciou nas redes sociais que foi acusada de furto dentro do supermercado GBarbosa localizado em um shopping da zona sul de Aracaju. O fato ocorreu na tarde desta quinta-feira, 20, e um boletim foi registrado na 1ª Delegacia Metropolitana e no Delegacia de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV) por injúria racial, danos morais e constrangimento.

De acordo com a vítima, ela foi alvo de racismo. A mulher relata que, após efetuar um compra no supermercado, foi abordada na saída do estabelecimento por um homem que se apresentou como funcionário da empresa. “Ele segurava nas mãos um cupom fiscal igual ao meu. Já chegou dizendo que eu estava levando mais produtos do que eu realmente paguei”, diz a vítima.

Os produtos em questão eram kits de sabonete. Ainda segundo ela, mesmo mostrando que a compra foi devidamente paga, o homem insistiu no que havia dito anteriormente, insinuando um furto por parte da vítima. “Eu venho no GBarbosa realizar compras há mais de três anos e nunca passei por isso. É humilhante. Estavam me chamando de ladrona”, desabafou aos prantos.

Diante dessa situação, a mulher voltou ao supermercado e pediu para uma das funcionárias conferir os itens que foram comprados. Após uma funcionária olhar item por item, conferindo com uma caneta cada produto comprado, ela confirmou que tudo estava pago. Revoltada com o constrangimento, a mulher decidiu procurar a gerência do estabelecimento para que o homem que a abordou fosse identificado.

A vítima conta que a gerência informou desconhecer o homem, mas segundo ela, alguns funcionários confirmaram que o homem prestava serviços à empresa. Além de filmar toda a ação, Ana disse que conseguiu tirar algumas fotos dele.

“No momento, eu era a única preta no local. De todos as pessoas que passara pelo caixa rápido, só eu fui perseguida. Para mim, isso ocorreu por causa de minha cor. Porque só se dirigiram a mim?”, questiona Ana Clécia. “É uma situação muito ruim, você se sente vulnerável e impotente. Eu estava com a razão e vou em busca dos meus direitos”, desabafa.

GBarbosa

A empresa informou que está apurando o fato e reforçou que não compactua com nenhuma prática de discriminação ou constrangimento, dentro ou fora das suas instalações.

por João Paulo Schneider 

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