Dor e revolta de uma mãe que viu a filha desacordada e com o rosto desfigurado após ser agredida pelo ex-marido, fez a dona-de-casa Sônia Maria de França clamar por justiça. Sônia diz que filha está em observação no Huse
“Alguém precisa fazer alguma coisa, pois esse é o quarto BO [Boletim de Ocorrência] que a gente registra contra esse marginal e ele continua solto, aterrorizando minha família”, desabafa a mulher sobre a situação enfrentada pela filha Marisa Caroline Seixas, 30 anos, vítimas das agressões físicas.
Agressão
Na noite de terça-feira, 31/8, Caroline foi surpreendida pelo ex-marido Rógeres Ney Figueiredo Soares, 39 anos, nas imediações de um canal no conjunto Jessé Pinto Freire. “Ela tinha ido buscar o filho de oito anos deles na aula de Judô e mesmo na presença da criança, ele partiu para cima de minha filha e começou a agredi-la com socos no rosto”, relata Sônia.
Ainda segundo a mãe da vítima, após as agressões Marisa perdeu os sentidos e populares acionaram uma viatura do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). “Quando soube ela já tinha sido levada para o hospital, ainda desmaiada, e meu neto foi quem me disse que tinha sido o ex-marido dela”, explica.
Sônia ainda relatou que no momento das agressões o acusado teria falado com o filho. “A única coisa que meu neto disse foi que Rógeres bateu na mãe e depois disse ao filho que o amava. Que amor é esse meu Deus?”, lamenta.
A mãe de Marisa Caroline informou à equipe do Portal Infonet que a filha está no Hospital de Urgência e Emergência João Alves Filho (Huse), em observação. “Quando ela chegou ao hospital recuperou os sentidos, mas não se lembra de nada. Está com o rosto cheio de hematomas e o médico preferiu que ela continuasse sendo acompanhada, pois pode surgir algo internamente”, explica a mãe.
Processo
Segundo Sônia, Rógeres Ney responde um processo em que é acusado também de de ter estuprado a ex-esposa em dezembro do ano passado. Na época ele chegou a ficar preso durante 10 dias. “Na ocasião ele esperou minha filha sair do trabalho e obrigou que ela fosse com ele para a residência onde moravam antes da separação. Ela ainda chegou a lutar com ele com uma faca, mas acabou sendo violentada e ameaçada caso não retornasse para ele em um prazo de dois dias”, revela.
Ainda de acordo com a mãe da vítima a justiça proibiu que o agressor se aproximasse da vítima. “Ele não pode chegar perto dela, por ordem da justiça, mas várias ele nunca cumpre essa determinação. Ela vivia com medo de encontrá-lo pelas ruas. Dessa vez ela não conseguiu escapar”, lastima.
DAGV Delegada Érika Farias diz que todas as medidas serão tomadas
De acordo com a delegada Érika Farias Fonseca, quando as primeiras agressões aconteceram todas as providências foram tomadas por parte da Delegacia da mulher. “Nós fizemos tudo o que determina a lei, onde determinamos medidas protetivas para vítima e com o descumprimento dessas medidas eu mesmo representei a prisão preventiva que foi cumprida na época”, explica Érika.
A delegada ainda ressaltou que na ocasião o acusado foi encaminhado à Delegacia Plantonista e depois encaminhado para a delegacia da área. “Tudo foi cumprindo tanto por parte da polícia como por parte do judiciário, mas infelizmente ele foi solto dentro do que determina a lei”, pontua.
Em relação as agressões sofrida por Marisa Caroline na última terça-feira, 31, a delegada salientou que está aguardando a mãe da vítima na sede da Delegacia de Apoio aos Grupos Vulneráveis(DAGV). “Nós já tomamos conhecimento e estamos aguardando a mãe de Marisa aqui para prestar depoimento e vamos tomar todas as medidas necessárias para proteger a vítima, já que percebemos que o acusado demonstra desequilíbrio e não respeita as normas legais”, explica.
Por Alcione Martins e Kátia Susanna
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