Mulheres continuam ganhando menos que os homens

Foto: Sílvio Rocha (AAN)
Apesar de continuarem alcançando mais espaço no mercado de trabalho, e superar os homens em escolaridade (7 anos contra 6,8 dos homens), as mulheres ainda não conseguiram vencer as barreiras de salários mais baixos e o pouco acesso aos cargos de chefia. Esta é uma das constatações da Síntese de Indicadores Sociais de 2004, do Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE).

 

Conforme os números da pesquisa, o número de mulheres empregadas em 2003 cresceu de 37,6% para 41,6%. Mas, apesar disso, em regiões metropolitanas, como São Paulo e Distrito Federal, as mulheres recebem 22% menos que os homens na mesma função. Um outro estudo, feito pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos (Dieese) especificamente para o dia 8 de março, afirma que a população feminina detém as maiores taxas de desemprego.

 

Os dados apontam que no período abrangido pelo trabalho, de 1998 a 2004, a participação feminina no mercado cresceu sensivelmente nos grandes centros, a exemplo de São Paulo, Recife, Salvador, Belo Horizonte e Porto Alegre, mas a presença masculina ainda é predominante. Em 2004 no Distrito Federal, por exemplo, a proporção de mulheres entre os desempregados chegou a 56,7%.

 

Outras constatações foram de que as mulheres estão mais sujeitas às contratações vulneráveis, sem proteção e direitos garantidos por lei, o que de certa forma explica a presença maciça no emprego doméstico. Em todas as regiões pesquisadas, a presença feminina nesta área é superior a 15% da mão de obra feminina. Outra característica destacada é que a maior parte das mulheres, hoje empregadas, atua no setor de serviços.

 

Quando o assunto é ‘famílias chefiadas por mulheres’, a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (PNAD) do IBGE demonstra que, nas últimas duas décadas, o fenômeno tem crescido sensivelmente. Em 2003, 28,8% das famílias tinham uma mulher no comando. A grande parte delas, segundo a pesquisa, é responsável por um arranjo familiar onde não há a presença dos companheiros. Nestas famílias monoparentais, a contribuição da renda feminina na manutenção da sobrevivência do grupo é superior a 50%.

 

Mas os Indicadores Sociais 2004 não trazem apenas más notícias às mulheres. Os dados da PNAD mostram que elas aumentaram sua participação entre as pessoas empregadas e empregadoras. Além disso, houve uma queda no número de trabalhadoras que atuam por conta própria e sem remuneração.

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