Mulheres de policiais militares realizam protesto

Familiares de PM”s fazem caminhada
Mulheres, filhos, sogras e mães dos policiais militares realizaram na tarde desta quarta-feira, 29, uma manifestação em favor da categoria que reivindica melhores salários. Ao som de músicas religiosas, com panelas na mão, apitos e faixas, os familiares saíram da Praça da Bandeira, passaram pelo Quartel da Polícia Militar (PM) e encerraram as atividades na Praça Fausto Cardoso, acompanhados dos policiais que usavam máscaras brancas com tarjas pretas na boca. “O movimento é para chamar a atenção da sociedade para a importância da PM”, frisou a representante das Associações das Mulheres dos policiais, Eliane Correia.

Passados quase dois meses de manifestações dos policiais, os líderes das associações que representam a categoria estão respondendo a uma sindicância interna e a um processo. São acusados de desrespeito a corporação e motim. Em decorrência disso, as mulheres tomaram a frente das reivindicações e resolveram sair às ruas para cobrar maior participação da sociedade. “O intuito dessa caminhada é cobrar da sociedade a responsabilidade para com os policiais militares”, reiterou Eliane Correia, enquanto organizava os mais de 500 manifestantes, presentes na Praça da Bandeira.

Crianças participaram do manifesto
Salários

Enquanto as mulheres bradavam por melhores condições para os seus maridos, eles optaram por não falar com a imprensa e distribuir folhetos com informações sobre os seus salários e com comparações aos vencimentos dos policiais civis. Pelo documento, os policiais negam os valores que estão sendo divulgados pelo Governo do Estado em comerciais de TV.

O panfleto mostra cópias de contracheques informando que um segundo tenente, por exemplo, ganhou R$ 2.889,67, em março, valor inferior aos R$ 3.735,96, divulgados nas peças publicitárias do Governo. Em outra parte do folheto, eles compararam os salários dos agentes da Polícia Civil, que em dezembro de 2010, estará recebendo R$ 8,1 mil, enquanto um soldado da PM receberá R$ 1.150.

Policiais não comentaram o manifesto
Políticos

Os deputados estaduais da oposição estiveram presentes ao movimento. Para Venâncio Fonseca, “nem nos tempos da ditadura, os policiais sofreram tamanha perseguição, sendo que o atual governador foi formado nas lutas das categorias de classe e agora tenta impedir a manifestação pacífica dos policiais”.

Augusto Bezerra concordou com Fonseca e cobrou uma resposta do Governo. “Essas mulheres precisam de uma resposta, pois são elas que estão sendo prejudicadas com o tratamento que vem sendo dados aos policiais”.

Eliane Correia cobra participação da sociedade
Contracheques

O secretário de Estado da Administração, Jorge Alberto, explicou que os contracheques variam de acordo com o cargo e reiterou que os dados divulgados pelo Governo correspondem aos valores que os policiais estão recebendo atualmente.

Por Valter Lima

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