L A N Ç A M E N T O Cantor: TOTONHO VILLEROY CD: AO VIVO Gravadora: PIC MUSIC Em seu novo CD, Villeroy confirma a sua verve de compositor inspirado. Embora haja duas faixas registradas em estúdio (a bossa “Siamo Cosi”, cantada em italiano, e a pop “Quero Pegar”), o disco foi predominantemente gravado ao vivo durante apresentação realizada em Porto Alegre, com acompanhamento da Orquestra de Câmara do Teatro São Pedro. A regência dos arranjos (ora delicados, ora pomposos) ficou a cargo do maestro Antônio Carlos Borges Cunha e o repertório destacou algumas de suas canções menos conhecidas, como é o caso de “São Sebastião”, “Poeta Sem Nome” e “Etnicpunklíngua”, esta em parceria com Bebeto Alves, um de seus colaboradores mais freqüentes. No entanto, os melhores momentos do CD ficam, incontestavelmente, com “Sinal dos Tempos”, de letra muito bem construída e que já foi gravada anteriormente pelo cearense Ednardo e pela amazonense Eliana Printes, e com “O Que Eu Já Sei De Cor”, uma canção de beleza arrebatadora. A curiosidade do álbum fica por conta da inserção de “Una Loca Tempestad” com a letra original em espanhol, a mesma que foi vetada no último ótimo CD de Ana Carolina (“Estampado”) pela gravadora BMG, que a obrigou a gravá-la com sua versão em português (“Uma Louca Tempestade”, da trilha da recém-finda “Senhora do Destino”). Quanto à voz de Villeroy, embora não de toda potente, é bem agradável e tem graça própria, não obstante, vez por outra, chegue a lembrar sobremaneira o timbre de Caetano Veloso. Trata-se de um disco que vem em muito boa hora com o intuito de sedimentar a carreira de um compositor que (junto com o maranhense Zeca Baleiro, o mineiro Vander Lee e o paulista Kleber Albuquerque) já se consolida como um dos melhores da atualidade. N O V I D A D E S · Enquanto Luiz Melodia regravou “Linha do Horizonte” (sucesso do grupo Azimuth em 1975) para integrar a trilha do filme “Bendito Fruto”, do cineasta Sérgio Golbenberg, a cantora Mart’nália registrou a canção inédita “Arpoador” (parceria sua com Mombaça) para ser incluída no CD com a trilha da próxima novela global das 19 horas, a qual terá o título de “A Lua Me Disse” e está sendo escrita por Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa. · Até o final do mês estará nas lojas, via BMG, o novo CD de Fafá de Belém intitulado “Tanto Mar” e que vem a ser um tributo à obra de Chico Buarque. Além de “Terezinha” (cantada em francês) e da participação especial do homenageado em “Fado Tropical”, a paraense ainda interpreta, com o vigor que lhe é peculiar, outras pérolas buarquianas, a exemplo de: “Vida”, “Gota d’Água”, “Desalento”, “As Vitrines” e “Bastidores”. · Estará nas lojas em abril, o novo e aguardado CD de Leila Pinheiro (o primeiro pela gravadora Biscoito Fino) que recebeu o título de “Nos Horizontes do Mundo”, samba antigo de Paulinho da Viola que fez parte da trilha sonora da novela “Pai Herói”. Produzido por Alê Siqueira, o disco tem algumas regravações, como o hit “Minha Alma” (do Rappa) e a bela “Onde Deus Possa Me Ouvir” (de Vander Lee), mas o seu repertório se concentra majoritariamente em canções inéditas, tais como: “Renata Maria”(de Ivan Lins e Chico Buarque), “Gozos da Alma” (de Francis Hime e Geraldo Carneiro), “Tiranizar”, música rejeitada por Marisa Monte (de Caetano Veloso e Cézar Mendes) e “Pela Ciclovia” (de Marcos Valle e Jorge Vercilo). Como sempre, a cantora paraense (que, neste trabalho, toca piano e/ou teclados em todas as faixas) prestigia as compositoras mulheres, de forma que Joyce, Simone Guimarães e Fátima Guedes se fazem presentes com as faixas “Deu no que Deu”, “Vem, Amada” e “A Vida que a Gente Leva”, respectivamente. · Em seu novo CD, que também será lançado em abril, o baiano Tom Zé fará um tributo às mulheres. Dentre as dezesseis canções inéditas, a primeira faixa de trabalho será “O Amor É Rock”. Além da participação especial de Zélia Duncan (conforme o já anunciado anteriormente por esta Coluna), haverá também as presenças de Edson Cordeiro e Patrícia Marx. S H O W I M P E R D Í V E L Aclamada como uma das quatro melhores vozes do mundo pela Revista Down Beat, considerada a “bíblia do jazz” (atrás apenas de Cassandra Wilson, Diana Krall e Dianne Reeves, e à frente de Norah Jones e Jane Monheit), a carioca Ithamara já se apresentou em alguns dos principais palcos do planeta – do Teatro Municipal (Rio) ao Jazz Café (Londres), do Martinus Concert Hall (Helsinki) ao Bourbon Street (São Paulo), passando pelo Mistura Fina e Metropolitan –, além de ter realizado cinco excursões pelo Japão. Lançados mundialmente, seus CDs “Love Dance” e “Serenade in Blue”, marcaram a definitiva consagração de Ithamara. “Serenade in Blue”, por exemplo, recebeu mais de dez prêmios internacionais e três pré-indicações para o Grammy (nas categorias de álbum vocal de jazz, produção e arranjo). No Brasil, Ithamara Koorax já realizou shows e gravações com Tom Jobim, Hermeto Pascoal, Elizeth Cardoso, João Donato, Victor Biglione, Edu Lobo, Martinho da Vila, Marcos Valle e César Camargo Mariano. Única brasileira contratada pela Milestone Records, a mais importante gravadora de jazz dos EUA, a cantora conta, em sua discografia, com mais de 60 títulos, incluindo projetos especiais, songbooks, compilações e várias canções para novelas da Rede Globo como “Celebridade” (“Absolute Lee”), “Estrela Guia” (“Cristal”, tema da personagem principal) e “Riacho Doce” (“Iluminada”). Segundo o renomado crítico musical Armando Nogueira: “Cinco são os elementos essenciais da vida: o Ar, a Terra, a Água, o Fogo…e a Voz de Ithamara Koorax”. Com tantos requisitos assim, só se você for muito abestalhado mesmo é que vai perder esse show único, que certamente marcará a história do nosso querido Teatro Atheneu. Não marque bobeira e (se ainda não conhece), vá conhecer o fenomenal talento de Ithamara Koorax e depois me conte se eu estou exagerando, ok? Quaisquer críticas e/ou sugestões serão bem-vindas e poderão ser enviadas para o e-mail: rubens@infonet.com.br Gaúcho nascido no Município de São Gabriel, Totonho Villeroy abandonou a agronomia para se dedicar à música. Seu primeiro trabalho em disco saiu em 1991 e com ele terminou abocanhando o Prêmio Sharp de Revelação MPB. Em 1995, veio o bom CD “Trânsito”, mas somente em 1999 o seu nome passou a ser conhecido nacionalmente. O sucesso surgiu com a canção “Garganta”, de sua autoria, gravada no primeiro CD da cantora mineira Ana Carolina, e que se transformou, à época, em hit instantâneo. De lá para cá, Villeroy vem freqüentando com assiduidade as paradas de sucesso (“Ela é Bamba”, “É Onde O Seu Lugar”, “Tô Saindo”, “Amores Possíveis”, “Pra Rua Te Levar”, “Que Se Danem os Nós”, etc.), e já teve suas músicas gravadas, entre outros, por Maria Bethânia e Luciana Mello.
Numa realização da AnGar Produções Culturais, capitaneada pela produtora carioca Ana Lúcia Garcez, e com o patrocínio da Secretaria de Cultura do Estado de Sergipe, estará se apresentando no dia 28 deste mês de março (de hoje a oito, portanto), às 20:30 horas, no palco do Teatro Atheneu (como evento comemorativo aos cinqüenta e um anos de fundação do aludido espaço cultural), a cantora Ithamara Koorax.
Comentários