Não há “necessidade premente”

O presidente do Conselho Regional de Medicina, dr. Josilávio de Almeida Araújo, reconhece que não existe uma “necessidade premente” em se realizar autópsias no período da noite. “Os médicos legistas não são obrigados a tanto, ademais o quadro destes profissionais no IML é restrito”. Ele lembra que o querido dr. Calumby faleceu, vítima de infarto, no estrangeiro, e o país levou uma semana para liberar o seu corpo.

Segundo ele o nosso IML, aliás, só faz autopsia quando se trata de morte violenta e assassinato. Nos demais casos, leva-se o corpo para o Hospital Universitário, que tem um serviço verificador de óbito. “Mas este é um serviço muito ruim, tanto que Sergipe não tem estatística confiável de causas mortis, porque boa parte dos laudos vindo de lá dizem apenas “causa indeterminada”. São tantas “causa indeterminada” que já se pensa em fazer alguma coisa, porque do jeito que está não pode continuar.

O dr. Josilávio registra que uma necropsia tem que ser feita a quatro mãos. Um atestado dado por um profissional só, não tem valor legal, mas é isso que está acontecendo aqui. Ele questiona também a vinculação do IML à Secretaria de Segurança Pública. “O que polícia tem a ver com necropsia? O IML tinha que estar vinculado à Secretaria de Justiça ou ao próprio Tribunal de Justiça”. “Nós temos um número pequeno de peritos e laboratórios mal preparados”, ratifica ele.

Por Ivan Valença

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