“Nós estamos aqui para somar. A questão da exploração comercial da área vem depois”, diz Durval Tavares, consultor de Legalização da Norcon. A empresa afirma que, com a remoção das famílias da área de Resina para o conjunto habitacional formado no povoado de Saramém, iniciará um projeto social. Isso envolveria capacitação profissional, investimentos em educação e infra-estrutura sustentável, com criação de postos de trabalho em fábricas, como uma de gelo para abastecer o mercado pesqueiro. Durval Tavares, da Norcon, durante reunião com moradores da Resina
A proposta seria semelhante ao que o grupo João Carlos Paes Mendonça executa na Serra do Machado, onde é incentivado o artesanato local. A comunidade não deixaria de ter a pesca como atividade, mas teria outras opções de trabalho, eventualmente até no próprio resort. “Além do mais essa população vai ter acesso à uma infra-estrutura de saúde, esgotamento sanitário e energia elétrica”, ressalta Durval.
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O representante da Norcon afirmou durante a reunião que a empresa tentará ao máximo um acordo com os moradores. No entanto ressaltou que legalmente as terras são da Norcon, já que foram adquiridas dos herdeiros dos antigos donos. A construtora está disponibilizando casas no conjunto habitacional do povoado Saramém para os moradores da Resina
“Se nós não quiséssemos a prosperidade da região, nós simplesmente nos retiraríamos, e o conflito entre os posseiros e os nove herdeiros dos antigos donos iria continuar por anos. Mas nós temos interesse em investir no social dessa população”, reafirmou Durval.
Veja fala de Durval Tavares durante reunião com moradores