Número de famílias que ocupam terreno em Nossa Senhora do Socorro já é de 1.580

Expectativa do Motu era de que 500 famílias fossem para o local
Já chega a 1.580 o número de famílias do Movimento Organizado dos Trabalhadores Urbanos (Motu) que ocupam uma extensa área no conjunto Albano Franco, em Nossa Senhora do Socorro. De acordo com o coordenador do movimento social, Almir Bezerra, o número deve aumentar nos próximos dias, mas ainda não há uma estimativa de quantas famílias podem chegar. Nos primeiros dias de ocupação, que começou com 82 famílias, esperava-se que o número chegasse a 500.

“A ocupação vai ficar aberta para todas as famílias de Nossa Senhora do Socorro que não têm teto e precisam garantir o direito constitucional de ter uma moradia digna. A especulação imobiliária do município tornou inviável o pagamento de alguel para muita gente”, explica Bezerra.

O coordenador do Motu disse também na manhã desta quarta-feira, 12, que apenas o atual secretário de Estado da Articulação Política, Chico Buchinho (PT) , esteve no acampamento do grupo para estabelecer um canal de negociação. “Apresentamos as nossas reivindicações e ele ficou de levá-las ao governador para depois nos apresentar uma resposta”, diz.

Coordenador do movimento diz que famílias que precisam podem ir ao local

Até o momento eles não receberam nenhuma notificação judicial quanto à ação de reintegração de posse movida pela Secretaria de estado da Infraestrutura (Seinfra) à qual a Companhia de Habitação e Obras Públicas (Cehop), a quem pertence a área, está subordinada. A medida foi necessária porque já existem projetos para o terreno, inclusive lá devem ser construídos dois conjuntos habitacionais: um para os trabalhadores da construção civil e outro para servidores da Secretaria de Estado da Administração (Sead).

As principais reivindicações do Motu são a desapropriação do terreno ocupado para a construção de um conjunto habitacional para as famílias que estão acampadas no local; o cadastro formal e um projeto específico para essas famílias e a destinação de uma área com as condições necessárias para que o grupo fique acampado até a construção das casas.

Almir Bezerra afasta a possibilidade de que pessoas que não necessitam das residências participem do cadastro. “O trabalho do Motu é organizar essas famílias. Sabemos que há os ‘aproveitadores’, mas é uma parcela pequena. Nesse momento não temos como identificá-los. No entanto o cadastro é Federal e quando ele é feito as informações do beneficiário são cruzadas com a Receita Federal, por exemplo, para saber a situação da pessoa e se ela realmente pode receber o benefício”, explica. “Quem quiser se aproveitar da situação não vai conseguir”, acrescenta o coordenador do movimento.

Na Seinfra a informação é de que a ação de reintegração de posse continua a valer, mas ainda não se sabe se o processo já foi julgado. O assessor do órgão, Flávio Lima, disse que a Cehop não pode negociar diretamente com o Motu.

Por Diógenes de Souza

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