“O Forró é nosso”

Em entrevista exclusiva ao Portal InfoNet, Vinicius Nejaim, cantor e compositor da XoteBaião, conta um pouco da história da banda, agenda de shows para os festejos juninos em Sergipe, novidades da banda no sul do país, lançamento de CD e muito mais. Vinicius, um administrador de Empresas que largou tudo para se dedicar à sua grande paixão – o forró, possui mesmo as característica que rezam seu zodíaco, Virgem. É extremamente perfeccionista e detalhista, carismático e atencioso. INFONET – Como surgiu a Banda XoteBaião? VINICIUS NEJAIM – A XoteBaião surgiu ao mero acaso. Eu estava gravando um programa de Televisão na TV Cidade com a Banda Travessura quando na saída encontrei com um colega de FM (Ronaldo) que me sugeriu compor uma música na linha do “Forró Universitário”, que eu denomino Forró Autêntico ou Forró Pé de Serra. Imediatamente eu disse que nunca havia tentado compor forró, o mesmo me incentivou afirmando que eu conseguiria e me deu a oportunidade de colocá-la no CD da FM, que seria elaborado dois dias depois. Topei o desafio e “Me dá uma chance” foi uma das músicas mais executadas no São João de Sergipe em 2001 surgindo a partir daí a XoteBaião. O nome da Banda foi dado por minha irmã Suzana, partindo da idéia de se criar algo referente a nossa cultura e origem, ou seja, que tivesse realmente a ver com a cultura Nordestina. IN – Quem compõe a Banda hoje? Fale um pouco sobre cada um dos membros. VN – A Família XoteBaião é composta pelas seguintes pecinhas: Binho é o palhaço da turma, é o nosso outro vocalista, sempre fazendo graça onde quer que esteja, a gente sempre diz que ele é o nosso motivo de orgulho por ser o menos “feinho”. Também é administrador de Empresas, parece até que isso é coisa de cantor! Yuri Lobão é sanfoneiro, triangueiro, dançarino… Esse é de tudo um pouco, até mesmo estudante de Medicina, vê se pode! Esse mocinho é a tranqüilidade em pessoa transmitindo uma paz de fazer inveja a qualquer um, é sempre um amigão. Tem o restante da turma que nos acompanha fazendo parte dessa família, são eles: Eugênio – Esse é fera mesmo, toca cavaquinho, banjo, bandolim, faz backing vocal e na XoteBaião ele é o nosso Diretor Musical e violonista. É uma criatura extremamente centrada, organizada, responsável e amiga. Evanilson é o nosso exemplo de vida. Deficiente visual de nascença é o que mais nos faz enxergar o real valor da vida. Sempre alegre e entusiasmado com tudo e com todos. Esse é o nosso outro sanfoneiro! Farinha, engenhoso e determinado, desenvolveu uma forma original de tocar zabumba, cowbell e shimbal ao mesmo tempo. Moabe Hasem, baixista, é o mais recente integrante da família, brincalhão e sonhador está sempre fazendo a turma dar boas gargalhadas. IN – Esse é o primeiro CD de vocês? Qual o título? VN – É o nosso primeiro trabalho e o título é homônimo da Banda, XoteBaião. IN – Qual das 15 faixas identifica melhor esse trabalho? VN – Em Sergipe existem duas faixas que identificam com muita intensidade o nosso trabalho, que são “Me dá uma chance” e “Sentimento Maluco”. Fora de Sergipe, a música de trabalho escolhida por nossa gravadora é “Mariazinha”, que já está sendo bem executada aqui em Sergipe também. IN – Qual a agenda de shows da Banda para o São João 2002 sergipano? Algum show fora do Estado? VN – No último dia 14 fizemos um show no Clube do Banese. No dia 15, em Areia Branca; dia 22, no ForróCaju; e, dia 28, em Campo do Brito e Barra dos Coqueiros. Viemos de São Paulo onde fizemos shows e devemos retornar no mês de julho. IN – Por falar em São João, como você caracteriza hoje os festejos juninos em Sergipe e Nordeste em geral? Alguma sugestão? VN – No Nordeste em geral sempre foi dada muita ênfase a esse período por caracterizar a cultura do povo nordestino onde são reunidos vários aspectos como religião, comidas típicas, danças etc. Em Sergipe, os Festejos Juninos ganharam uma dimensão bem maior de uns anos pra cá. Houve a preocupação em se mostrar o nosso São João além das fronteiras de Sergipe ocasionando uma valorização substancial não só dos Festejos como das riquezas do Estado em Geral. A sugestão é que esse trabalho seja mantido sempre de forma responsável nunca esquecendo dos valores da Terra, que afinal de contas, fazem parte da nossa riqueza. IN – A música nordestina tem tido mesmo maior receptividade no sul e sudeste do país? Você acha que existe algum nome que represente bem o Nordeste nessa parte do Brasil? VN – Nós tivemos a oportunidade de ir a São Paulo semana passada e realizar shows. Posso dizer que a música nordestina é muito bem aceita principalmente quando o assunto é forró. O pioneiro desta nova safra é Frank Aguiar, que é do Piauí. Além das bandas de forró como Mastruz com Leite, Calcinha Preta, Zanzibar, Magníficos dentre outras, todas do Nordeste. Além do mais, bandas como Fala Mansa e Rastapé dizem se inspirar em mitos da nossa região como o inesquecível Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Trio Nordestino e muitos outros. É o que sempre digo, nós temos que agradecer a esse movimento do forró no sudeste do país, mas o Forró é nosso!!! Contatos com a Banda, via e-mail: xotebaiao@infonet.com.br. Os CDs da Banda encontram-se à venda no GBarbosa e na Stop Music, no calçadão da Laranjeiras.

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