São constantes as reclamações que chegam à Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Sergipe (OAB/SE), sobre práticas arbitrárias cometidas por policiais militares para reprimir manifestações populares realizadas em Sergipe. As denúncias chegam à OAB/SE por meio de manifestantes agredidos que buscam apoio da Comissão de Direitos Humanos da OAB/SE. Os denunciantes alertam que a Polícia Militar tem usado com frequência spray de pimenta, que atinge os olhos dos manifestantes, com o claro intuito de reprimir as manifestações públicas. As reclamações despertam preocupação ao presidente da entidade, Henri Clay Andrade, que também tem sido procurado por profissionais da imprensa para se manifestar sobre a questão. “Para o Governo do Estado, pimenta nos olhos dos outros é refresco”, reage Henri Clay, diante das denúncias. O presidente da OAB/SE faz contundentes críticas a esta ação da PM, classificando-a como truculenta. Em vários momentos, segundo as denúncias relatadas à Comissão de Direitos Humanos da OAB/SE, policiais militares têm agido desta forma, especialmente contra estudantes. Houve abuso no uso do spray na repressão cometida contra estudantes na porta do Colégio D. Luciano, no momento em que a classe estudantil realizava protesto reivindicando melhorias no ensino público, em estádios esportivos durante partidas de futebol e, mais recentemente, na Praia de Atalaia, contra torcedores que comemoravam a vitória do Flamengo. Para Henri Clay, o Governo do Estado precisa adotar medidas contundentes para evitar esta prática truculenta em Sergipe. “A Segurança Pública, ao invés de combater a violência com eficiência, tem gerado mais violência com ações truculentas condizentes de um Estado reacionário, que oprime a liberdade de manifestação da cidadania”, diz Henri Clay.
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