OAB-SE deve integrar Frente em Defesa do São Francisco

O presidente da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Sergipe, Henri Clay Andrade, participa na tarde de hoje da reunião de instalação da Frente Nacional em Defesa do Rio São Francisco. Criada na última semana em Salvador (BA) e instalada oficialmente a partir das 15h de hoje, a Frente deve congregar entidades públicas e privadas que contestam a proposta do governo Federal de fazer a transposição do “Velho Chico”, sem que haja, anteriormente, a sua revitalização.

A Frente Nacional engloba, além da OAB e do Ministério Público, membros da Igreja; representantes de governos estaduais; prefeitos municipais; parlamentares estaduais e federais; sindicatos de classe; estudantes; e integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e de entidades representativas dos Estados de Sergipe, Alagoas, Bahia e Minas Gerais. Todos se contrapõem às ações deflagradas pelo governo federal com a meta de aprovar, ainda neste semestre, o projeto de transposição das águas do rio.

Segundo Henri Clay, há estudos científicos que comprovam que a transposição das águas sem a devida revitalização trará graves prejuízos ao “Velho Chico”. Esses estudos técnicos apontam para um danoso impacto ambiental nas regiões em que o São Francisco passa e o perecimento do rio. “Também haveria grandes problemas de ordem social porque as populações que sobrevivem do São Francisco passariam a viver em absoluta miséria com o perecimento do rio”, explicou ele.

Para a reunião de logo mais também foram convidados deputados estaduais e federais; prefeitos; membros do governo; moradores de regiões ribeirinhas do São Francisco; entidades de classe e órgãos de imprensa. A OAB sergipana também prevê a participação de membros da CUT; do Crea; da Arquidiocese de Aracaju; da Superintendência de Recursos Hídricos de Sergipe; do Comitê do rio Sergipe; e de prefeitos do Baixo São Francisco.

Segundo dados da Frente Nacional em Defesa do Rio São Francisco, há mais de R$ 1 bilhão previsto em orçamento para fazer a transposição. Segundo a mesma Frente, o objetivo do governo, ao fazer a transposição, é meramente econômico, visando à criação de camarões. “Dizer que é para matar a sede das pessoas é um discurso falacioso”, afirmou o presidente da OAB-SE. “A defesa do Rio São Francisco é, hoje, a defesa do meio-ambiente e da ordem social”.

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