O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB – em Sergipe, Henri Clay Andrade, deve pedir ao desembargador Pascoal Nabuco D’Ávila, presidente do Tribunal de Justiça de Sergipe, o que considera ‘providências enérgicas em favor da lisura do concurso público do Poder Judiciário’, realizado no último dia 14. No início desta manhã o presidente da entidade recebeu uma comissão formada por dez advogados que se candidataram ao concurso. A comissão, liderada pelo advogado Elber Batalha de Góes Filho, apresentou supostas provas documentais que indicam, ao ver dos candidatos, uma série de irregularidades no concurso. Entre elas a cópia de questões contidas em concursos realizados em outros Estados e a identificação dos candidatos na folha de resposta. Um outro motivo que, segundo os membros da comissão, levanta suspeitas de fraude é que na prova havia a identificação do candidato e também a publicação no Diário Oficial do gabarito, logo no dia 15, uma segunda-feira um dia após a realização da provas. “Examinando os documentos, entendemos haver quebra de sigilo do concurso”, considera o presidente da OAB. “A publicação do gabarito no dia seguinte à prova, leva a interpretações de que a Segrase já tinha conhecimento do gabarito antes mesmo da realização da prova”, considera Henri Clay. Diante da denúncia, Henri Clay solicitou de imediato uma audiência ao presidente do Tribunal de Justiça, que acontecerá às 8h30 de segunda-feira no TJ. Na audiência, o presidente da OAB abordará a questão e entregará cópia dos documentos que recebeu da comissão de concursados. À tarde da mesma segunda-feira, às 15h, Henri Clay concede entrevista coletiva para relatar o resultado da audiência. “Diante das irregularidades apresentadas pelos concursados, queremos que o presidente do Tribunal chame o feito à ordem para não macular a imagem do Poder Judiciário e anule o concurso público”, diz Andrade.
