Objetos custodiados se amontoam em delegacias da capital

Objetos são apreendidos e alocados em delegecias (Fotos: Arquivo Portal Infonet)

Os objetos apreendidos durante as operações policiais estão lotando as delegacias de Aracaju. Muitos deles são apreendidos em operações policiais e mantidos sob a proteção dos delegados até que a justiça determine o que fazer. Num galpão que pertence à policia, carros e motos se amontoam. São quase 500 veículos apreendidos.

De acordo com o chefe de custódia legal, Marlon do Nascimento, os objetos custodiados que já era para ter sido enviado para o poder judiciário, continuam nas delegacias e galpões sem destino certo. No local cerca 170 veículos e 180 motos estão apreendidos à espera de uma decisão judicial. “Não temos mais espaço, estamos superlotados. Todavia já iniciamos um levantamento para fazermos um leilão, mas isso também depende da justiça. Temos ainda, aqueles carros que pertencem aos bancos e são retirados dos ex-proprietários por falta de pagamento. Estes veículos também são enviados para o galpão, que já não suporta mais a quantidade de veículos amontoados”, relata Nascimento.

 Delegado Fábio Pereira “Se a gente tivesse estrutura física maior teríamos como suportar"

No Departamento de Narcóticos da Polícia Civil (Denarc) a situação é ainda pior. Segundo o delegado Fábio Pereira as apreensões são feitas geralmente nas operações de combate ao tráfico de drogas. Segundo ele, os objetos que estão em posse dos suspeitos são apreendidos para averiguação, mas ficam alojados na delegacia, que já não suporta a quantidade de objetos. “Se a gente tivesse estrutura física maior teríamos como suportar, mas esses objetos apreendidos por conta do tráfico de drogas, só são encaminhados para o Fórum quando solicitados. Além desses objetos, cerca de 25 carros ocupam as dependências da delegacia. Além desses estão também  os aparelhos eletrônicos, balança de precisão, aparelho de som, dentre outros”, relata Pereira.

A coordenadora da polícia civil da capital, Viviane Pessoa, reforça a queixa dos delegados. “A situação é muito delicada porque as delegacias da capital hoje costumeiramente abrigam esses objetos custodiados. Embora a gente tenha um local para alojá-los, há um limite de acúmulo. Essa também é uma preocupação para os delegados porque eles ficam com esses objetos para concluir os inquéritos policiais”, entende a delegada.

Justiça

Em agosto de 2011, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) em parceria com Tribunal de Justiça de Sergipe (TJ) se reuniram para buscar alternativas para diminuir a quantidade de objetos apreendidos que estão custodiados nas unidades da Polícia Civil. A reunião teve como ponto principal a resolução do problema de custódia de objetos apreendidos e vinculados a processos nas delegacias.

Por Eliene Andrade

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