Obras da ponte Joel Silveira podem parar

Operários ainda continuam trabalhando

Os operários que trabalham na construção da ponte Joel Silveira fizeram uma paralisação de advertência por duas horas nesta quinta-feira, 2, e sexta, 3. De acordo com o presidente do Sintepav, Albérico Queiroz, eles só retornaram ao trabalho na manhã de hoje após três horas de braços cruzados e de um novo acordo que o sindicato fez com a empresa.

Os funcionários não descartam a possibilidade de nova paralisação das obras caso a empresa não cumpra com a sua pauta de reivindicações. Segundo Albérico Queiroz, se até o dia 10 de outubro a construtora Contern não pagar os valores acordados em reunião realizada nesta manhã, a obra parará.

Reclamações

Os trabalhadores reclamam que estão sujeitos a várias formas de explorações trabalhistas. O operário, que não quis se identificar por medo de represálias, conta que há sete meses trabalha exercendo atividades de soldador, mas até o momento recebe salário de ajudante. “Isso é desvio de função. Eu trabalho mais e ganho menos”, explica o trabalhador.

Obras da fundação devem ficar prontas em novembro
Um dos trabalhadores conta que a administração da construção disse que “quem estivesse insatisfeito, poderia montar uma fila para ir embora”. O carpinteiro José conta que ele e 41 companheiros decidiram abandonar a obra independente do novo acordo. E segundo Albérico Queiroz,  a obra irá continuar com 180 funcionários. 

Promoções

De acordo com o técnico de segurança da obra, que também pediu para não ter o seu nome divulgado, não há casos que caracterizam desvio de função na construção da ponte. Segundo ele, alguns ajudantes foram promovidos mas estariam ainda em fase de treinamento.

O presidente do Sintepav conta que em agosto ficou acertado com a empresa o pagamento de reajuste salarial de 10% retroativos ao mês de junho, data base das categorias. “Até agora, a empresa só pagou 7%, queremos que ela pague o restante do valor”, relata. Albérico diz ainda que a pauta de reivindicações foi ampliada por conta das últimas mobilizações dos trabalhadores. Os operários querem Participação nos Lucros e Resultados referentes a 30 horas mensais, além de que a Contern ofereça transporte aos funcionários.

O técnico de segurança da obra desmente a informação de que as obras foram paralisadas nesta sexta-feira, 3. Ele conta que, somente nesse dia, foram transportados cerca de 300 m³ de concreto. O técnico diz ainda que as obras de fundação da ponte devam estar prontas em novembro deste ano.

Por Zeca Oliveira e Raquel Almeida

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