Ocorrências e sítios arqueológicos são registrados na BR-101

Monitoramento foi realizado na BR-101, em Sergipe e em outros estados nordestinos. (Foto: Gestão Ambiental BR-101 NE)

A BR-101, ao longo do seu percurso entre os estados de Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia, é rica de histórias, muitas vezes escondidas por décadas e, até, séculos. Para resgatar e preservar o patrimônio histórico, a Gestão Ambiental da BR-101 PE/AL/SE/BA realiza o monitoramento arqueológico dos trabalhos de movimentação de terra durante as obras de duplicação da rodovia.

O monitoramento é realizado diariamente e ocorre por meio do Programa de Proteção ao Patrimônio Artístico, Cultural e Arqueológico e de Educação Patrimonial, que tem como objetivo minimizar e evitar danos ao patrimônio na região de influência direta do empreendimento.

Entre junho de 2010 e setembro de 2019, o monitoramento foi executado pela equipe de arqueologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), acompanhada pela Gestão Ambiental. Durante quase uma década de monitoramentos, através da UFPE, acompanhados pela Gestão Ambiental, foram localizados e registrados sítios e ocorrências arqueológicas desde a Licença de Instalação até o período de monitoramento diário. Os vestígios arqueológicos coletados foram enviados ao laboratório de arqueologia da UFPE para higienização das peças e geração de acervo. Os resultados obtidos evidenciaram a existência de ocupações nativas, na área de influência direta da rodovia, que remonta do século X. Ou seja, cerca de 1000 anos atrás, destacou a equipe da UFPE com as conclusões das pesquisas. Desde o segundo semestre do ano de 2020 o monitoramento passou a ser realizado pela Gestão Ambiental, através de equipe especializada.

Durante o período de atuação da Gestora foram registradas duas ocorrências em Alagoas e 16 ocorrências na Bahia, estas evidências arqueológicas foram categorizadas como bens arqueológicos movéis, de acordo com a Portaria nº 196, de 18 de maio de 2019, publicada pelo IPHAN. Boa parte dos artefatos encontrados durante os monitoramentos remonta o período histórico entre os séculos XVII ao XXI, compostos, predominantemente, de peças vinculadas a subsistência alimentar – tais como potes, pratos, tigelas, xícaras, pires e garrafas, feitas em cerâmica, porcelana, faiança fina, faiança, vidro e grés.

Além do material relacionado à alimentação, foram registrados: faiança fina, faiança, cerâmica simples, cerâmica vitrificada, vidro, grés, porcelana, fragmentos de peças ligadas à saúde, vestuário, práticas religiosas, materiais de construção e, até, moedas intactas da época do Brasil Império. O monitoramento ainda encontrou relíquias pré-históricas, anteriores ao ano de 1500. Também, em sua maioria, compostas por instrumentos e recipientes vinculados à alimentação.

Os sítios encontrados ao longo da BR-101 podem ser conferidos através do Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA) do IPHAN, um instrumento de documentação e preservação do patrimônio arqueológico nacional.

Educação Patrimonial

Foram realizadas ainda ações de educação patrimonial pela equipe da UFPE que atingiram cerca de 5 mil pessoas, entre estudantes, professores, gestores escolares, profissionais envolvidos nas obras e comunidades residentes próximas à rodovia.

Fonte: Ascom/Gestão Ambiental BR-101 NE

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