Famílias estão alojadas no cruzamento das ruas Capela com São Cristóvão (Fotos: Portal Infonet) |
Um dos locais mais movimentados do Centro Comercial de Aracaju [cruzamento das ruas Capela com São Cristóvão] está interditado por conta do acampamento montado pelas 67 famílias que foram despejadas do prédio onde funcionava o Hotel Aperipê. A reintegração de posse foi cumprida neste domingo, 20, em cumprimento a uma decisão judicial, mas as famílias afirmam não ter para onde ir e garantem que vão permanecer no local. Os comerciantes já estão amargando prejuízos. A Prefeitura de Aracaju aguarda famílias para fazer o requerimento necessário à agilização do auxílio-moradia.
“Os comerciantes estão se sentindo prisioneiros, trabalhando abafados e esperam que as autoridades competentes encontrem uma solução, até porque essa é uma área das mais movimentadas do Centro e muitas lojas estão com as portas fechadas. Hoje é dia de o Simples Nacional, mas como podemos pagar se o Comércio está com as portas fechadas?”, indaga a gerente de um eletrônica localizada à rua Capela, Marli da Silva, cuja loja está funcionando com o acesso reduzido.
Marli da Silva: "Viramos prisioneiros" |
Em um amplo estacionamento, os prejuízos também são grandes, pois o acesso no local é apenas de pedestres. “Não sabemos como vai ficar essa situação. Aqui circulam de 50 a 60 carros por dia e hoje está assim vazio, pois todo o trecho está interditado. Os prejuízos são incalculáveis e a situação está complicada”, destaca o funcionário Paulo Rodrigues.
Sem previsão
No local, os antigos moradores da chamada Ocupação Dandara informaram não saber até quando irão permanecer. “Eu morava no prédio há cinco meses com meus dois filhos e agora estamos aqui nas ruas pois a Prefeitura promete liberar o auxílio-moradia somente em setembro”, afirma Mônica Maria Santos.
Estacionamento vazio por causa da…
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“Eu levei meus três filhos pequenos para a casa da minha sogra estou aqui com meu marido, pois a gente não tem como pagar os dois meses de aluguel e esperar que a Prefeitura libere em setembro. Vamos continuar aqui até ver onde vai dar, somos seres humanos largados no meio da rua”, completa Cícera Santos.
Semfas
Na Secretaria Municipal da Família e Ação Social (Semfas), a informação é de que “quando foi feito o cadastro, as famílias foram orientadas quanto a necessidade de fazer um requerimento visando agilizar o processo de liberação do auxílio-moradia, mas até agora apenas três pessoas apareceram para fazer o requerimento, apesar de terem sido orientadas há nove dias”.
Por Aldaci de Souza
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