Evaldo Campos: absolvição para o suposto chefe (Foto: Portal Infonet) |
Os três juízes que atuam no processo ouviram, nesta quinta-feira, 9, o depoimento de sete réus denunciados pelo Ministério Público Estadual por envolvimento em uma suposta associação criminosa com atuação no tráfico de drogas e outros delitos. Eles foram investigados pela Operação Valquíria, uma ação desencadeada pela Polícia Civil de Sergipe no ano de 2012 com o objetivo de desarticular esta suposta quadrilha, que seria envolvida com o tráfico de drogas, homicídios, lavagem de dinheiro, agiotagem, estelionato e roubo de cargas e receptação de mercadorias roubadas.
O processo começou como único, mas foi desmembrado devido ao quantitativo de acusados, cerca de 40 pessoas. A audiência realizada nesta quinta-feira, 9, é referente ao processo no qual figuram 28 réus. Pela manhã, foram ouvidos Ademir Gois Oliveira [suposto chefe do grupo], Jamysson de Andrade Sampaio, Evandro Santana Rocha, Gilvan Tavares da Cunha, José Graziane Menezes Mecenas, Herivelton Silva e José Marcos da Silva.
Todos os réus estão presos e foram transferidos dos respectivos presídios [três são detentos do Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto (Compecan), em São Cristovão, e três do Complexo Jacintho Filho (Compajaf), em Aracaju, para o Fórum Gumersindo Bessa, na capital sergipana, sob forte aparato policial. Para a transferência, a Polícia Militar mobilizou duas guarnições diferentes com um grupo especial para garantir a segurança.
Durante a audiência, os juízes decidiram manter os réus algemados para “resguardar a segurança do local e das pessoas” que acompanharam os trabalhos realizados no Tribunal do Júri. “Tendo em vista a gravidade dos fatos, a periculosidade dos réus, além da quantidade de acusados, tudo a exigir cautela e reforço policial para garantir a segurança do recinto”, justificaram os juízes, no termo de audiência. De acordo com os autos, alguns réus possuem condenações criminais definitivas.
Um dos exemplos é Ademir Gois Oliveira, detento do Compajaf, acusado de liderar a suposta quadrilha. O advogado Evaldo Campos é responsável pela defesa deste réu e garante que pedirá a absolvição do cliente ao final do processo. No depoimento, segundo Evaldo Campos, o réu assumiu envolvimento com outros crimes, mas negou os crimes atribuídos pela polícia nestas investigações específicas.
Ademir revelou, no depoimento, conforme observou Campos, que estava foragido na época das investigações e que jamais iria se expor fazendo articulações criminosas por meio de telefone. “Ele estava escondido”, revela o advogado. “No depoimento, ele disse que cometeu outros crimes, que foi condenado, que está cumprindo pena, que tentaram matá-lo e que ele fugiu e que não seria louco para estar se expondo com telefonemas quando estava fugido”, observou Evaldo.
Este processo ainda não foi concluído. Outras audiências deverão ocorrer para que todos os réus citados sejam efetivamente ouvidos.
Por Cássia Santana
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