Operários revelam sucateamento da Fafen

Funiconários pararam por 1h (Foto: Ascom Sinidpetro)

Operários contratados por empresas terceirizadas que prestam serviços à Fábrica de Fertilizantes do Nordeste (Fafen) realizaram mais uma mobilização nesta quinta-feira, 13, na porta da fábrica, no município de Laranjeiras. Os trabalhadores pararam por 1h. O objetivo foi denunciar o sucateamento das instalações da fábrica, bem como, os atrasos nos pagamentos dos salários e tickets.

“A paralisação é parte de um calendário de mobilização, aprovado este ano no congresso da categoria, contra calotes aplicados constantemente aos trabalhadores terceirizados, que ficam sem receber os direitos trabalhistas no fim dos contratos e muitas vezes sem receber salários. O calendário também se refere à luta contra os leilões do petróleo. O Governo Federal já anunciou a próxima rodada de leilões para outubro. Dessa vez, serão vendidos também os blocos do pré-sal”, disse Dalton dos Santos, diretor do Sindipetro AL/SE e geólogo da Petrobrás.

O Sindipetro informou que, de 455 mil funcionários trabalhando na Petrobras, 85 mil são diretos e 360 mil são terceirizados, ou seja, de cada dez trabalhadores, apenas dois são funcionários diretos. O Sindicato ressaltou ainda, que as piores consequências da terceirização, segundo Dalton, é o aumento no número de problemas de saúde, acidentes e mortes nos locais de trabalho. “Em média, ocorrem 20 acidentes de trabalho por dia e um trabalhador é morto por mês na Petrobras. Por isso, defendemos a primeirização de todos esses trabalhadores, tendo como base a decisão do Tribunal de Contas da União. Em 2010, o TCU concluiu que 80% dos terceirizados atuavam em atividades-fim, ou seja, todos esses trabalhadores deveriam ser do quadro próprio da empresa”.

Leilão do Petróleo

Para o sindicato, os leilões do petróleo são outra forma de privatização.“Nos leilões realizados em 14 e 15 de maio de 2013, foram entregues reservas de petróleo no valor de US$ 1 trilhão de dólares, por apenas 0,1% do valor destas reservas (US$ 1,4 bilhão de dólares). As grandes multinacionais foram as mais beneficiadas. A Petrobrás adquiriu apenas 7% das concessões”, relata Dalton.

Agora, no leilão da área do pré-sal, ele explica que o Governo Federal anunciou a venda do campo de Libra, o maior do Brasil e um dos maiores do mundo. “Isso significa que vamos perder nossa auto-suficiência em petróleo. Vamos comprar a gasolina ou o diesel industrializado de fora, produzidos a partir do óleo bruto extraído aqui no nosso país. Por isso os preços do gás de cozinha e da gasolina estão cada vez mais caros”.

Campanha

O sindicato pretende realizar mais atividades como essa até a data dos referidos leilões. “Temos três meses de trabalho intenso para lutar e exigir do governo que pare com a entrega e suspenda o leilão. Nosso principal desafio é conscientizar a população sobre a gravidade do que está acontecendo”.

Com informações da Ascom Sindipetro

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