Representantes de diversos órgãos estaduais e federais estão neste momento em passeata pelas ruas do centro comercial de Aracaju. A concentração dos trabalhadores começou por volta das 9h30, na Praça da Bandeira, de onde eles saíram há pouco com destino ao prédio central do INSS, à DRT e à Assembléia Legislativa. Concentração de trabalhadores na Praça da Bandeira
Antes disso, várias categorias que estão em processo de mobilização por reajuste salarial e melhores condições de trabalho realizaram atividades em frente às sedes dos seus locais de trabalho. No geral, a manifestação corresponde ao Dia Nacional de Luta contra a Emenda 3. Entre os órgãos federais que estão envolvidos na luta em Sergipe estão CUT, Incra, Ibama, Funasa, Ministério da Saúde, UFS, Cefet e DRT.
Já os estaduais envolvem a Educação e a Polícia Civil. A Emenda 3 ‘retira’ dos trabalhadores direitos como décimo terceiro salário, férias remuneradas, licença-maternidade, assistência médica, aposentadoria e FGTS, permitindo que os empregados trabalhem como prestadores de serviços e, conseqüentemente, não tenham acesso a essas vantagens.
“A principal luta de hoje é pela manutenção do veto à Emenda 3. Os direitos dos trabalhadores não podem ser retirados dessa maneira. Esse movimento nacional traduz a nossa indignação perante à Emenda”, afirma o presidente da CUT em Sergipe, Antônio Góes. O representante do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal de Sergipe (Sintufs), Joseilto Nery, compartilha a mesma opinião. Joseilto Nery
“Somos totalmente contrários a medidas como a restrição do direito de greve e que atacam à classe trabalhadora. Vamos continuar defendendo o veto à Emenda 3”, reforça. A coordenação do movimento, que prossegue por todo o dia, é da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas) e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
De acordo com Stoessel Chagas, membro do Sindipetro, as atividades prosseguem com paradas em frente ao INSS central e à Delegacia Regional do Trabalho (DRT/SE). Ele diz que um dos pontos da pauta de reivindicações é referente à tentativa do governo federal de restringir o direito de greve ao funcionalismo público. Além disso, os manifestantes são contra a criação da Super Receita. Antônio Góes
“Somos contra todas as reformas que retirem direitos dos trabalhadores. Não podemos nos calar diante da luta por itens como emprego, salário digno, reforma agrária e moradia”, afirma Stoessel. Além do protesto pela manutenção do veto à Emenda 3, também está em pauta a retirada do Projeto de Lei Complementar 01/2007, que limita despesas do governo federal com pessoal.
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