Orlinha do Bairro Industrial sofre com depredação

Centro de Artesanato é pichado por meliantes; no fundo, posto policial da Guarda Municipal
A segurança da Orlinha do Bairro Industrial foi posta, mais uma vez, em cheque. Na última quarta-feira, 17, o jovem Carlos Alberto Silva faleceu após mergulhar nas águas da prainha do bairro. O seu corpo foi encontrado na manhã desta sexta-feira, 19, pelo Corpo de Bombeiros.

Os moradores e comerciantes da região estão preocupados com o policiamento do local, que, segundo os mesmos, é inexistente. Com segurança precária, a área está entregue a bandidos, usuários de drogas e adolescentes que vêm depredando o patrimônio público. O proprietário de um bar da Orlinha, Emerson Gama, reclama da falta de policiamento.

Ciclo-patrulhamento funciona desde fevereiro
Dois policiais no Bairro Industrial

“Os guardas municipais nem passam por aqui à noite. Eles ficam no posto, enquanto os assaltantes fazem a festa. A Casa de Artesanato, que fica ao lado do posto, já foi invadida várias vezes. Os clientes têm diminuído desde que isso começou a acontecer, pois os criminosos têm arrombado vários carros, inclusive o meu”, declara Emerson Gama.

Para a vendedora de artesanato Juraci do Nascimento, não há segurança nenhuma no local. “Nós mesmos é que nos protegemos. Os policias até tentam coibir, mas são muito

A comerciante Juraci do Nascimento
poucos para o número de meliantes que existem por aqui. A área da Orlinha é muito grande para só dois policiais”, diz a vendedora.

“Maior problema é o píer”

No posto policial da Guarda Municipal, dois policiais fazem o serviço da ronda que, desde fevereiro, foi adaptada para o ciclo-patrulhamento. Três turnos revezam, por meio de bicicletas, o policiamento do local.

“Não temos muitos problemas por aqui. Às vezes, os alunos das escolas que vêm pra cá costumam depredar o local, mas a gente tenta coibir, educar, mesmo não sendo o nosso papel. O pior problema é o píer: os garotos não têm consciência mesmo. Logo depois do acidente, já tinha gente pulando naquela região de novo”, diz o policial que não quis se identificar.

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