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Raimundo ao lado da foto do filho desparecido: tristeza (Foto: Cássia Santana/Portal Infonet) |
A ossada encontrada na segunda-feira, 25, em Itabaianinha pode ser do mecânico José Domingos Alves Guimarães, que completaria 27 anos no dia 30 de março deste ano. O mecânico desapareceu, com o veículo [um Gol de placa HZS 5498, licença de Itabaianinha], no dia 19 de junho de 2011, e agora, que encontrou o veículo dele submerso na açude, a família suspeita que o mecânico tenha sido vítima de acidente de trânsito.
Foi um longo tempo de aflição: um ano e oito meses, numa verdadeira peregrinação da família para encontrá-lo. “Pensamos em tudo: em sequestro, algum mal da ex-mulher…”, comentou o lavrador João Raimundo Alves, pai do mecânico. “Ele era casado e foi largado. A mulher morava em São Paulo, chegou na sexta-feira e no domingo ele desapareceu. Pensamos em tudo”, explica o pai.
No dia 19 de junho de 2011, Mingo [como era conhecido o mecânico] estava em uma festa no povoado Terra Vermelha, participando de um churrasco entre amigos e teria saído dirigindo o veículo com destino à sede do município com o intuito de pegar um irmão e retornar à festa.
“Estou chegando, estarei aí em 20 minutos”, teria dito Mingo, no último contato que teve com o irmão, ao telefone, segundo o pai da vítima. “Demorou. Quando o irmão retornou a ligação, o telefone dele já estava fora de área e aí ninguém mais soube dele”, lembra o pai.
A partir daquele dia, a família começou a peregrinação pedindo ajuda a todas as pessoas que encontrava. “Fui pra tudo quanto é lugar, distribuímos fotos dele, pregamos em hospitais… em tudo quanto é canto, aqui e na Bahia”, conta o lavrador. Na segunda-feira, 25, a família recebeu telefonema de pessoas conhecidas e que sabiam do sofrimento da família com o desaparecimento do mecânico, informando que pessoas que pegavam água no açude teriam encontrado o carro dele.
O Corpo de Bombeiros foi acionado e, dentro do veículo, a equipe encontrou a ossada. Além do veículo, o pai reconhece outros objetos encontrados dentro do carro que, supostamente, pertenciam à vítima: o cinturão que prendia a calça que a vítima usava e o telefone celular. E a placa do veículo, que estava intacta, não deixa dúvida, na ótica do pai.
A família, que pensava em sequestro, passou a acreditar em acidente de trânsito. Para os familiares, como chovia bastante naquela época, o mecânico teria perdido o controle do veículo e caiu dentro do açude, que à época era bastante profundo. “O pessoal tira muita água do açude e aí, com o verão, a água começou a baixar e os pneus do carro começaram a aparecer”, comenta o pai.
A ossada foi removida pelo Instituto Médico Legal (IML), cuja equipe já está adotando providências para realizar o exame de DNA. Somente a partir dos resultados é que os restos mortais serão identificados e liberados para sepultamento.
Por Cássia Santana
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