Pais incentivam a exploração do trabalho infantil

Gestores debatem alternativa para combater trabalho infantil (Fotos: Cássia Santana / Portal Infonet)

Apesar das estatísticas indicarem queda na incidência no país, o trabalho infantil ainda é uma dura realidade enfrentada por muitas crianças que trocam os brinquedos pela obrigatoriedade de ajudar os pais, economicamente, na sobrevivência da família.

Em Sergipe, a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) tem intensificado ações no combate à exploração do trabalho infantil, com a ampliação do número de ações fiscais que têm provocado o afastamento de crianças e adolescente da situação de exploração do trabalho.

Durante todo o exercício de 2010 foram realizadas 150 ações fiscais específicas voltadas para o combate ao trabalho infantil. Neste ano, em apenas cinco meses, já somam 108 ações fiscais, um número equivalente a 72% das ações fiscais registradas durante todo o ano de 2010. Neste ano, estas ações fiscais culminaram com o afastamento de 189 crianças e adolescentes da condição de exploração do trabalho.

Um dos grandes entraves para o combate a esta prática, segundo avalia a superintendente da SRTE, Celuta Cruz Morais Krauss, é a falta de conscientização da própria família, que, na maioria dos casos, obriga os filhos a trabalhar para ampliar a renda familiar. Neste rol, estão pais de crianças e adolescentes. “O trabalho infantil está associado à pobreza e a melhor forma de combatê-lo é mostrar a estas famílias que a educação é muito mais importante que o trabalho”, enfatiza a superintendente.

A meta do Governo Federal é erradicar o trabalho infantil no país até o ano de 2015. Dentro desta previsão, a Superintendência do Trabalho tem mobilizado os seus 46 auditores fiscais para dedicar atenção à exploração do trabalho infantil, não apenas nas ações específicas, mas também durante o processo de fiscalização de rotina. “Todo o corpo de auditores está envolvido nas ações de combate ao trabalho infantil”, diz a superintendente.

Desafios

Crianças e adolescentes encontram na arte a face da cidadania

Os desafios para enfrentar e até conquistar a erradicação do trabalho infantil no país são debatidos por gestores públicos e técnicos que atuam em Organizações Não Governamentais (ONGs) no âmbito do Estado de Sergipe, em seminário promovido pelo Ministério do Trabalho e Emprego, por meio da Superintendência Regional do Trabalho em Sergipe.

O seminário “Erradicação das piores formas de trabalho infantil” acontece no auditório do Senai, marcado por palestras e também por apresentação dos resultados de alguns trabalhos educativos envolvendo crianças e adolescentes, realizados no âmbito do Estado por meio do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti).

Neste aspecto, a programação do seminário teve participação emocionante de um grupo de percussão formado por crianças e adolescentes inseridos em dois programas sociais desenvolvidos no município da Barra dos Coqueiros: o Peti e o Pró-Jovem. Crianças e adolescentes que se afastam da exploração do trabalho infantil para encontrar na arte a face da cidadania.

Por Cássia Santana

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