Para entender um pouco de Role-Playing Game (RPG)

O RPG se popularizou no Brasil pelas páginas de um livro, em inglês, apresentando um universo ficcional e fantástico conhecido como Dungeons & Dragons, publicado nos EUA, em 1974. O sucesso de vendas superou qualquer expectativa, por ter ido além dos jogadores tradicionais, atraindo inúmeros fãs da literatura de ficção e fantasia, que podiam participar de aventuras interpretando personagens, nos cenários da obra. Rapidamente se espalhou pelo mundo, virando numa nova moda por reunir grupos, dos 12 aos 80 anos, que vivenciam histórias ficcionais, adaptações literárias ou fatos contemporâneos.

No Brasil, essa forma de bom divertimento ganhou destaque há mais de 16 anos, na cidade de São Paulo, com a realização anual do maior evento de RPG, na América Latina. Não demorou muito para atrair milhares de pessoas. Os primeiros livros de RPG disponíveis no mercado nacional, apesar de serem em inglês, tomaram conta do imaginário, estimulando a diversão em grupo. Hoje é impossível definir em números exatos quantos são os jogadores em todo país.

Por outro lado, esse crescente interesse pela leitura e pela pesquisa para poder jogar, chamou a atenção de educadores. Observando seus alunos a jogarem na hora do recreio, os professores descobriram que uma aventura de RPG estimula características importantes, igualmente necessárias em sala de aula, como sociabilização, concentração e incentivo à pesquisa. O RPG mostrou-se como uma nova opção de fixar conteúdos integrados ao currículo escolar. Mas faltava conhecimento sobre regras, sistemática e adaptação de textos. Foi para suprir essas necessidades que foi fundada a ONG Ludus Culturalis, responsável pela criação e organização, a cada dois anos em São Paulo, do Simpósio RPG e Educação totalmente voltado para educadores, professores e alunos.

Assim, o RPG – uma brincadeira de contar histórias e interpretar personagens – entrou em centenas de escolas públicas e privadas, transformando-se numa ferramenta facilitadora para o aprendizado.

ENTENDENDO O QUE É RPG?

“A experiência que passa de pessoa a pessoa é a fonte a que recorreram todos os narradores. E, entre as narrativas escritas, as melhores são as que menos se distinguem das histórias orais contadas pelos inúmeros narradores anônimos”. Walter Benjamim. O Narrador. 1936.

A começar pela abreviação do termo RPG, do inglês Role-Playing Game, que significa Jogo de Interpretação de Papéis. Mas o RPG não é exatamente um jogo. É a arte de contar histórias ou aventuras, como, por exemplo, a fábula do Chapeuzinho Vermelho. No grupo, os participantes ouvintes escolhem quais personagens interpretarão. Com os dados básicos fornecidos pelo Narrador, somada à imaginação e à vivência individual esta história terá, certamente, uma seqüência bem diferente da original.

Na prática, o RPG resgata essa tradição oral, quase no esquecimento, graças a outras produções da literatura impressa: em tempo real pela Internet ou na telenovela, nas HQs, no teatro e no cinema. O RPG é uma brincadeira de faz-de-conta, que acontece em grupo, permite a troca de experiências e cria uma narrativa oral. Costuma-se dizer que a melhor maneira de entender a dinâmica do RPG é brincando!

Fonte: Divulgação

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