PCS é rejeitado por desembargadores

Plano rejeitou o PCS alegando problemas financeiros
Foi rejeitado o Plano de Cargos e Salários (PCS) dos servidores do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJ/SE). O projeto entrou em votação na tarde dessa quarta-feira, 17, na última sessão plenária do tribunal após semanas de expectativa dos funcionários, que de forma sucessiva lotavam o pleno. O motivo alegado pelos magistrados foi de que a crise financeira mundial exige cautela.

Segundo eles, a folha de pagamento de 2009 do Judiciário está orçada em R$ 193 milhões. Caso o plano fosse aprovado, segundo informaram os desembargadores, seriam necessários mais R$ 27 milhões para o pagamento dos salários, o que ultrapassaria a Lei de Responsabilidade

Hélcio Albuquerque: representante da categoria
Fiscal (LRF). Também foi dito que o momento atual requer muita calma e que com a crise mundial é possível que a arrecadação do Estado venha a ser prejudicada, o que inviabilizaria o pagamento dos vencimentos.

Foi pedido um tempo para que o projeto voltasse a ser analisado e os desembargadores se comprometeram a voltar a negociar no primeiro trimestre de 2009.

Expectativa

Durante todo o dia os servidores ficaram reunidos na porta do tribunal, já que foram impedidos de entrar no pleno para acompanhar a sessão. Para garantir a segurança, policiais do batalhão de Choque permaneceram na porta e no interior do TJ por todo o dia. Na porta do pleno a segurança também foi reforçada.

A desembargadora Célia Pinheiro, também presidente do TJ/SE, foi a única a não se pronunciar contra a aprovação do plano, alegando a necessidade de manter os servidores motivados. “Esse seria um fator de regulamentação e colocaria os nossos servidores em um novo patamar. Acredito que para os trabalho do serviço judiciário é imprescindível pessoas com auto-estima”, disse. A desembargadora finalizou ressaltando o zelo que vem marcando o trabalho dos servidores do

Servidores ficaram inconformados
tribunal de Justiça de Sergipe.

Antes do encerramento da sessão, foi concedida a palavra ao presidente do Sindicato dos Servidores da Justiça (Sindiserj), Hélcio Albuquerque. Bastante emocionado, ele expressou os sentimentos da categoria após a rejeição do plano. “Nós estamos decepcionados, visto que outros tribunais já adotaram o PCS. Vemos que desde 1990 várias leis que garantem direitos aos servidores estão sendo aprovadas, mas esse TJ não as cumpre. Sentimos-nos frustrados com essa rejeição, mas a luta continua”, desabafou Hélcio Albuquerque.

Os servidores voltarão a se reunir a partir de janeiro para traçar novas metas e objetivos relativos ao PCS. A possibilidade de uma greve não foi descartada pela categoria.

Por Letícia Telles


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