Pescador encontra corpo de jovem desaparecido

Equipe do IML se deslocou para remover o corpo (Foto: Arquivo Portal Infonet)

Na madrugada desta sexta-feira, 17, um pescador encontrou o corpo do jovem Robson Alves de Sá, 18, que desapareceu no dia 1º deste mês depois de mergulhar no rio São Francisco, na Ilha do Ouro, em Porto da Folha, distante 190 km de Aracaju.

O servente de serviços gerais Júlio José dos Santos, irmão da vítima, informou que o jovem não sabia nadar. Mesmo assim, ele subiu no ombro da companheira e pulou no rio. “Ele ainda subiu três vezes pedindo socorro, todo mundo vendo a agonia, mas ninguém sabia nadar e não tinha nenhum bombeiro no local”, conta o irmão.

A família lamenta a falta de estrutura do Corpo de Bombeiro no município de Porto da Folha. “Se tivesse bombeiro lá, tinha salvado muitas vidas”, comentou. O Corpo de Bombeiros foi acionado, segundo Júlio José, e chegou na cidade no dia seguinte, 2 de janeiro. “Fez as buscas durante três dias e nada encontrou”, comentou.

Segundo Júlio José, os familiares decidiram contratar pescadores da região e, na madrugada desta sexta-feira, 17, por volta das 4h, um deles entrou em contato informando que teria encontrado o corpo boiando próximo às margens do rio no lado do Estado de Alagoas.

Pela manhã, a mãe entrou em contato com Júlio José, por telefone, informando que teria reconhecido o corpo. A equipe do Instituto Médico Legal já se deslocou para fazer a remoção do corpo.

Corpo de Bombeiros

Em nota, a assessoria de comunicação do Corpo de Bombeiros explicou que o reaparecimento do corpo submerso e o sucesso das buscas é algo que depende muito das condições e características do ambiente aquático em questão e das condições do corpo.

Ainda de acordo com a nota, no caso do jovem Robson Alves de Sá, foram feitas buscas durante vários dias na mesma região onde o corpo apareceu, no entanto, as condições do ambiente aquático e do corpo não foram favoráveis às buscas.

Confira a nota na íntegra:

"A dinâmica do afogamento é extremamente complexa e imprecisa. O comportamento do corpo submerso, o que interfere decisivamente nos trabalhos de busca e resgate desenvolvidos pelo Corpo de Bombeiros, nem sempre segue uma mesma dinâmica. Fatores como galhos de árvores ao longo das margens de rios, correnteza, terreno instável e imprevisível dos rios, a densidade das águas de rios que é diferente da densidade das águas marítimas o que interfere decisivamente no comportamento do corpo submerso, etc. Além disso, quando há afogamento completo, sem ar algum nos pulmões o corpo afunda e somente volta a boiar quando começa a decomposição provocando a produção de gases, o que faz o corpo boiar.

O tempo para que este fenômeno aconteça depende de vários fatores, mas principalmente da temperatura da água, já que quanto mais fria estiver, menor atividade bacteriana haverá e menor volume terão os gases acumulados no interior do cadáver. Pode inclusive acontecer de o corpo ficar conservado pelo frio e jamais subir à superfície. Não sabemos se este foi o motivo, mas  temos o caso do ex-presidente da República, Ulysses Guimarães, cujo corpo nunca foi encontrado mesmo com a utilização de todo poder operacional das Forças Armadas empregado na época nas buscas ao corpo que havia submergido no mar no litoral do RJ.

Assim, entende-se que o tempo de reaparecimento do corpo submerso bem como o sucesso das buscas é algo que depende muito das condições e características do ambiente aquático em questão e das condições do corpo.

No caso do jovem Robson Alves de Sá, fizemos a busca por vários dias na mesma região onde o corpo apareceu, no entanto, as condições do ambiente aquático e talvez do corpo submerso não foram favoráveis às buscas."

Por Cássia Santana

A matéria foi alterada às 18h42 para acréscimo de nota enviada pelo Corpo de Bombeiros.

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