Pesquisa revela que o povo desconhece a Câmara de Aracaju

Mais da metade dos eleitores de Aracaju – exatos 64,3% – , entrevistados pelos pesquisadores do Instituto Padrão na primeira semana de setembro, não lembram em quem votaram para vereador na última eleição. Esta foi apenas uma das diversas constatações levantadas pela pesquisa encomendada pelo vereador petista Antônio Gois ao Instituto, que ouviu 799 pessoas. Os números registrados demonstram que as atividades da Câmara de Vereadores da capital não têm sido acompanhadas pela população. Ter conhecimento sobre qual a função exercida pelos vereadores, quais os projetos – e seus autores – analisados e propostos na Casa, qual a composição do Legislativo Municipal, além de informações básicas sobre o mandato parlamentar, são algumas das particularidades sobre a Câmara de Vereadores ignorados pela população. “Este resultado me surpreendeu. Eu avaliava que a situação de conhecimento da população sobre a atuação da Câmara fosse melhor”, diz o vereador Antônio Gois. Outro dado curioso que veio à tona com o estudo foi a respeito do motivo das visitas que já levaram os eleitores a procurar o Legislativo Municipal. O resultado foi o seguinte: dos 20,6% que já estiveram na Câmara, 4,1% desejava falar com alguém, 3,2% foi pedir emprego e 2,7% nem lembra o motivo da visita. Além disso, as principais funções do vereador – elaboração das leis e também a fiscalização do Poder Executivo- são desconhecidos por 46,6% do universo pesquisado. Ajudar a comunidade foi a tarefa citada por 12, 6%, criar e aprovar leis e trabalhar pelo povo empataram com 7,5% das citações e 6% disseram que é criar projetos para o município. Na opinião de 25% dos entrevistados, quem mais trabalha em defesa dos interesses da população são os deputados estaduais, 24% responderam os vereadores e 22% acham que nenhum deles realiza esse trabalho. Apesar desse resultado, apenas 3% da amostra consideram ótima a atuação da Câmara Municipal de Aracaju, 44% não souberam opinar, 20% disseram que é ruim e 11% boa. Se mal sabem o que é a Câmara e qual a função dos seus componentes, os entrevistados também não souberam informar quem era o presidente da Casa. Há sete anos atuando como presidente da Câmara, o vereador Sérgio Góes teve seu nome citado apenas por 18,8% dos pesquisados. A população também não soube responder o número exato de vereadores que atuam na Câmara. Apenas 5% respondeu o número certo: 21 vereadores. Questionados, também, sobre os motivo que os levaram a escolher seus representantes, as respostas também surpreenderam: 39,3% disse não saber; 18,3% revelou que é por obrigação; 13% pelas propostas; 7,7% pela amizade; 5,6% pela honestidade e pelo caráter. Outros motivos, como popularidade, confiança, questão pessoal, indicação, favor e por dinheiro, foram declarados por 1,2% para cada. Felizmente, as pessoas entrevistadas pelo Padrão, apesar de desconhecerem informações sobre a vida política da cidade demonstraram interesse na realização de sessões itinerantes da Câmara nos bairros. O voto favorável partiu de 89,3% e apenas 5,7% foram contrários. Entre os favoráveis, 63% declararam que assistiriam às sessões, 13,2% responderam talvez e 12,1% disseram que não iriam.

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