Petrobras contrata uso de plataforma para campo de Piranema

Dutra: palataforma deve entrar em funcionamento em agosto de 2006
O presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, assinou o contrato de afretamento – aluguel – da plataforma SSP-300, de propriedade da empresa Sevan Marine Production ASA na tarde desta sexta-feira, dia 29, na sede Petrobras em Aracaju. A estrutura será instalada no campo marítimo de Piranema, localizado no litoral do município de Estância. De acordo com a empresa, a unidade está sendo construída no estaleiro Yantai Raffes, na China, e deve chegar a Sergipe em maio de 2006.

 

O custo diário do uso da plataforma – uma estrutura que possui casco redondo e será a primeira, neste formato, a ser utilizada no mundo para exploração de petróleo em águas profundas – é de assombrosos US$ 99.500,00 por dia. O contrato de afretamento terá duração de onze anos. Se a cifra impressiona, descobrir que a empresa está investindo US$ 450 milhões na implantação de todo o projeto do campo também é algo que não se pode ignorar. Segundo estimativas da Petrobras, quando em funcionamento, Piranema deverá produzir cerca de 30 mil barris de óleo por dia.

 

Representação gráfica do modelo da SSP-300: primeira em funcionamento no mundo
“Para Sergipe representa um incremento de produção na ordem de 60%, com conseqüente aumento de royalties. Para a Petrobras, e para o Brasil, significa um projeto pioneiro no mundo, já que esta é a primeira plataforma de produção em águas profundas, com um casco redondo, o que vai possibilitar, inclusive, maiores dados para um futuro projeto da própria Petrobras – chamado Mono BR – de construção de uma plataforma, nacional, com este mesmo modelo”, explicou Dutra.

 

Com essa capacidade de produção de óleo do tipo leve, a plataforma também terá como armazenar 300 mil barris de petróleo. Durante a apresentação de um vídeo sobre a estrutura, Dutra explicou que trata-se de uma unidade flutuante, de casco duplo e formato redondo, que tem como vantagem o fato de poder se deslocar para operar em campos pequenos.

 

“Este modelo de empreendimento vai viabilizar que pequenas acumulações de petróleo venham a ser exploradas. Qual é o consenso nos dias de hoje? Só se produz em águas profundas – já que o investimento é muito alto – quando encontradas grandes acumulações. Esta tecnologia vai possibilitar que, no futuro, as pequenas produções que forem descobertas em águas profundas sejam colocadas em produção”, informou o presidente da Petrobras, que ressaltou o pioneirismo do Estado na questão, já que, em 1972, foi em Sergipe perfurado o primeiro poço em alto mar, no Campo de Guaricema.

 

Dezen: ganho para o Estado como um todo
A empresa informou que com o funcionamento do Campo de Piranema, espera-se que 350 empregos – diretos e indiretos – sejam criados. Também se espera uma elevação em 50% no valor dos royalties pagos ao Estado. “É um incremento, e tanto, de emprego e investimentos. Passaremos de uma produção diária de 42 mil barris para 72 mil barris ao dia. Virão mais de 300 empregados da empresa, altamente qualificados, para se instalar no Estado, então, acredito que é um incremento para Sergipe como um todo”, avalia Eugênio Dezen, gerente geral da Unidade Sergipe/Alagoas da Petrobras.

 

Outro aspecto ressaltado por Dutra durante a assinatura do afretamento é o da economia, para o país, que representará o início da produção do óleo de Piranema. “Já que importamos óleo leve para misturar com o nosso petróleo, para refinar, o início da produção do Campo, que deve acontecer em agosto de 2006, vai significar uma economia de divisas na ordem de 2 milhões de barris de petróleo – de óleo leve -, por ano, que seriam importados e agora serão produzidos em Sergipe”, afirmou.

Por Valnísia Mangueira
Redação Portal InfoNet

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