Petroleiros cruzam os braços durante protesto nacional

Ato aconteceu na sede da estatal (Fotos: Portal Infonet)

Petroleiros sergipanos cruzam os braços nesta sexta-feira, 24. Como forma de protesto, os funcionários realizaram um ato na sede da estatal. A paralisação é nacional convocada pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e pela Federação Única dos Petroleiros (FUP).

A categoria questiona a política de desinvestimento e o plano de venda de ativos da Petrobrás anunciados pela presidente Dilma Rousseff (PT) e pela diretoria executiva da empresa.

De acordo com o diretor do Sindipetro, Bruno Dantas, a venda do patrimônio da empresa acarretará prejuízo aos trabalhadores. "Hoje estamos fazendo a paralisação nacional de 24h com a participação de 17 sindicatos de petroleiros de todo país. O ato é chamar atenção da população brasileira para defender os ativos da Petrobras que é o patrimônio que a empresa construiu nos últimos 60 anos como campos de petróleo e os navios petroleiros. Esse é um plano que prevê a venda de R$ 180 bilhões de reais em ativo, tudo isso para fazer caixa e pagar o endividamento da empresa".

Diretor do Sindipetro, Bruno Dantas diz que já ocorreram cerca de 7 mil demissões em SE

O Sindipetro AL/SE defende a retomada das obras na empresa. “Acreditamos que o plano de venda de ativos não é o plano que vai tirar a Petrobras da crise. Para tirar da crise tem que ser um plano que retome as obras, que faça os canteiros continuarem as grandes obras que a Petrobras vem construindo como as refinarias, as estações em carmópolis e que possa garantir que não vai haver mais demissões".

Demissões

Segundo o Sindipetro, a crise que atinge a Petrobras tem seus reflexos em Sergipe. “De 2014 para cá já ocorreram 7 mil demissões em SE e 80 mil no Brasil. Essas demissões com a paralisação das obras só tendem a aumentar. A nossa manifestação é nesse sentido. Estamos sofrendo aumento de pressão no trabalho para poder aumentar a produção mesmo sem ter condições efetivas operacionais, a gente sofre com o corte de direitos e isso afeta diretamente o trabalhador terceirizado que recebe os menores salários e que sofre os acidentes”, avalia.

O Sindipetro irá iniciar um calendário de luta, para que o passo seguinte seja uma greve nacional da categoria por tempo indeterminado.

Petrobras

A assessoria da Petrobras encaminhou nota. "Em função da greve de 24 horas anunciada para começar à zero hora desta sexta-feira (24/07), a Petrobras informa que, em algumas unidades, houve registro de bloqueios na entrada dos empregados, gerando atrasos, assim como corte de rendição de turno. As atividades da empresa estão dentro da normalidade, sem prejuízo à produção, estando preservada a segurança das instalações da companhia e de seus trabalhadores. A Petrobras tomou todas as medidas para garantir a manutenção da produção de petróleo e gás, bem como o abastecimento do mercado".

Por Aisla Vasconcelos

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